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23 de Abril de 2021
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Brasil está atrasado na corrida por Inteligência Artificial


A Inteligência Artificial (IA) vem ganhando força como tecnologia já bastante utilizada no presente e com potencial de transformar atividades produtivas e do cotidiano no futuro próximo. Mas na corrida pelo domínio desse campo, o Brasil está atrasado em relação a outros países, tanto na área da pesquisa quanto na das aplicações práticas e do mercado envolvendo tais soluções.

A IA é considerada por especialistas e na economia não somente como um segmento com grande potencial econômico, mas também como um elemento gerador de receitas em diversos segmentos produtivos. Neste sentido, seu desenvolvimento não está relacionado apenas a um setor de tecnologia de ponta, mas a um elemento base da chamada transformação digital, que já atinge agricultura, indústria, finanças e atividades cotidianas.

Reconhecendo essa importância, Estados Unidos e China travam uma disputa pela liderança global. Os Estados Unidos são o lar das maiores empresas de tecnologia do mundo, como Amazon, Google, Microsoft, Apple, Facebook e IBM. Mas os rivais asiáticos vêm galgando postos nos rankings com grandes conglomerados digitais. Em seu plano para o tema, a meta é igualar os americanos até este ano.

Na lista das 100 maiores empresas de 2019 da consultoria Price Waterhouse Coopers, as quatro primeiras são companhias de tecnologia estadunidenses: Microsoft, Apple, Amazon e Alphabet (Google), com o Facebook em 6º. Mas no ranking das 10 primeiras, já aparecem duas concorrentes chinesas, Alibaba e Tencent. A primeira é um megagrupo de comércio eletrônico com atuação global. Já a segunda possui algumas das maiores redes sociais do planeta, como QQ e WeChat.

Um exemplo dos ganhos com a adoção de IA é o grupo de serviços financeiros chinês Ant. Controlado pelo conglomerado Alibaba, tornou-se a maior fintech [firma que oferece serviços financeiros por meio de plataformas tecnológicas] do mundo e já atinge um bilhão de clientes em todo o planeta. A empresa utiliza IA para diferentes tipos de serviços, como concessão de empréstimos, gestão de finanças e seguros. A tecnologia é empregada, por exemplo, no exame dos riscos de crédito dos candidatos.

O Brasil não possui firmas de tecnologia no ranking, aparecendo apenas com a Petrobras na 97a posição. Entretanto, o Brasil ficou em terceiro na criação de "unicórnios", empresas com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão, atrás apenas de EUA e China e empatado com Alemanha. Como base de comparação, os americanos criaram 78 unicórnios em 2019, enquanto os asiáticos tiveram 22 companhias nessa condição no ano passado.

A disputa entre Estados Unidos e China se mostra em aspectos distintos. Na pesquisa, por exemplo, a China ultrapassou os Estados Unidos neste quesito em 2006 e publica mais do que os americanos e a União Europeia, conforme dados do principal relatório internacional sobre o assunto, o AI Index, elaborado pela Universidade de Stanford, nos EUA.

Por outro lado, a América do Norte foi responsável por 60% das patentes nesta área no período entre 2014 e 2018. No ranking de publicações em periódicos científicos em números absolutos, o Brasil aparece em 15ª. Quando considerado este desempenho em relação à população, o país cai para a 36ª posição. Já no ranking de patentes, o Brasil não figura no grupo dos 24 principais países analisados.

"O Brasil tem potencial imenso em termos científicos. Temos excelentes pesquisadores e ótimo público, pois nossa população em geral é muito conectada. Só que me preocupa essa fuga de cérebros que tem ocorrido, a gente vê profissionais e pesquisadores saindo do Brasil por inúmeras questões, além de fracos incentivos na área de pesquisa. Apesar o potencial, vejo Brasil perdendo fôlego nessa corrida de IA", pontua a professora do Departamento de Ciência da Computação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Jonice Oliveira.

"A IA capacidade e possibilidade de impacto transversal na economia, mas isso depende de vários fatores, como capacidade de investimento das empresas, disponibilidade de profissionais, ecossistema que formação e apoio governamental e público, financiamento público e privado. Se a gente olha para essas necessidades, vemos que o Brasil está radicalmente atrás deste processo", reforça o professor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e integrante de uma rede internacional de pesquisa sobre o tema Edemilson Paraná.

Fonte: PEGN

  • AGÊNCIA BRASIL
ATUALIZADO EM
Inteligência artificial está ajudando no combate ao coronavírus (Foto: Pexels/Reprodução )
Na corrida pelo domínio desse campo, o Brasil está atrasado em relação a outros países, tanto na área da pesquisa quanto na das aplicações práticas e do mercado envolvendo tais soluções (Foto: Pexels/Reprodução )


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