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23 de Junho de 2021
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Tecnologia evoluiu mais rápido que a gente e agora é preciso correr atrás


Há quanto tempo estamos habitando este planeta? Quanto as sociedades já evoluíram e mudaram com o tempo? O quão "civilizados" nos tornamos? Confesso que estudei muito pouco de sociologia e antropologia, mas já dá para perceber e admirar a evolução das pessoas e suas relações.

Porém, estudar a tecnologia é muito mais simples. Se for para estudar a tecnologia da informação, especificamente, temos equipamentos precursores dos computadores desde muitos séculos antes, equipamentos que eram geniais para o seu tempo.

Caso a gente queira focar a nossa análise a computadores, podemos estudar um período que engloba os últimos 100 anos e podemos nos maravilhar em como essas máquinas evoluíram em um período pequeno de tempo.

Os primeiros computadores eram poderosas máquinas de calcular (ainda hoje o são, mas os computadores de hoje disfarçam melhor), a princípio mecânicas. Muitos rolamentos, engrenagens, manivelas? Os primeiros computadores eletrônicos foram desenvolvidos do meio para o final da Segunda Guerra Mundial e eles faziam, sim, cálculos.

Então, estamos falando de uma área onde alguns dos grandes precursores ainda estão vivos ou conviveram conosco e com nossos pais até recentemente.

É uma área relativamente recente e com avanços bastante documentados, por isso eu disse que é uma área mais fácil de se estudar do que a evolução do comportamento humano, que, similar ao comportamento das impressoras, nunca vamos compreender completamente.

Apesar de terem evoluído rápido por causa das guerras, com a função de fazer cálculos de trajetórias de foguetes, por exemplo, logo perceberam que seu uso poderia ser expandido.

No filme "O Jogo da Imitação" podemos ver parte da história de Alan Turing, que criou um computador voltado a quebrar códigos de criptografia durante a Segunda Guerra. Logo, os números e os cálculos foram usados para representar textos, para representar também outras formas de conhecimento e, algo muito importante, passaram a facilitar e controlar também as comunicações.

Pessoas distantes começaram a trocar informações através de cabos, surgiu a linda e maravilhosa internet, ainda na década de 60, os astronautas conseguiram chegar na Lua com a ajuda desses computadores, as empresas foram automatizando suas operações, o dinheiro passou a ser controlado de forma digital nos bancos e os computadores foram diminuindo de tamanho até chegarem a um ponto em que se podia ter computadores em casa, com a novidade de telas onde a informação aparecia de uma forma instantânea e mais prática de ser manipulada.

Assim, os computadores foram se tornando itens mais próximos das pessoas comuns: você poderia facilitar o seu trabalho em sua empresa ou trabalhar de casa, surgiram os jogos de computador, a interação cada vez maior com as telas, a Internet foi evoluindo, surgiu a maravilhosa world wide web (www) e chegamos a um ponto onde quase que instantaneamente nos vimos conectados ao mundo todo.

Começamos a ignorar os conselhos dos pais e a cada vez mais conversar com estranhos, aplicativos de conversas, sites, redes sociais, utilidade e inutilidade misturadas, praticidade, receitas online, tutoriais diversos, até que diminuíram ainda mais essas máquinas e as colocaram dentro de nossos bolsos.

Ao toque dos dedos você controla o seu dinheiro no banco, assiste a vídeo, joga diversos jogos, se comunica com a família, com o trabalho, com quem não conhece, controla a sua agenda, controla seus exercícios, controla os eletrodomésticos da casa.

Os smartphones são os pequenos computadores que são quase que um membro novo do corpo, que fazem tudo junto com você e que abre o mundo todo para o conforto da sua intimidade, ou ainda o contrário, podem expor o conforto da sua intimidade para o mundo todo.

De uma forma rápida e sem muito compromisso com os dados e datas, percorremos um século de avanço da tecnologia da informação.

Olhando agora, parece tudo muito rápido, nos adaptamos a mudanças em nosso dia a dia que seres humanos não precisaram se adaptar em séculos (ou milênios).

Estávamos prontos para evoluir junto com tudo isso?

Não dá para negar que em muitos pontos a sociedade evoluiu, passamos a defender direitos, a lutar por igualdade, por uma busca de valor e reconhecimento da pessoa humana, mas não podemos falar por todos.

Na minha humilde opinião, a tecnologia é uma maravilha no ponto de expor comportamentos ruins e discriminações que antes aconteciam distante dos olhos de todos, como uma forma de mostrar o que acontece e facilitar a cobrança de reação e justiça.

Porém, a tecnologia também é um grande portal para as más práticas e a disseminação do ódio, das mentiras e teorias da conspiração.

Ao mesmo tempo em que podemos usar a pluralidade de informação para aprender com as diferenças, com pontos de vistas diferentes de uma notícia e com diversas fontes de conhecimento, podemos também usar a tecnologia apenas para espalhar os nossos conceitos, sem uma crítica e sem o compromisso de aprender com pontos de vistas diferentes.

Vivemos em bolhas na internet, em grupos de pessoas e pensamentos que se assemelham aos nossos, reunidos, muitas vezes, por algoritmos. E as bolhas são confortáveis, são lugares onde nos sentimos bem, nos sentimos aceitos e nos sentimos certos a respeito de alguma opinião ou algum comportamento.

Mas precisamos usar a internet e a tecnologia em geral para evoluir, para aprender, para adquirir conhecimento e fazer crescer a ciência.

Isso não quer dizer que você precisa entrar em outras bolhas e fazer parte de grupos que você não gosta, mas que você pode usar a tecnologia para se informar e buscar conhecimento que está fora de sua bolha.

Como disse o apóstolo Paulo: "Examinem tudo, fiquem com o que é bom" (1 Tessalonicenses 5:21).

Você pode usar a tecnologia para o que é bom, para diminuir diferenças, para denunciar injustiças, para trazer mais pessoas à dignidade e combater as mentiras.

Tem comportamentos que ainda precisamos evoluir muito como pessoas, como a discriminação, o racismo e toda a indiferença em relação ao outro.

Não fique apenas repetindo os comportamentos ruins que existem online, isso já temos bastante.




Fonte: TILT - Uol


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