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23 de Maio de 2018
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Greve na Cobra Tecnologia pode afetar o funcionamento dos caixas eletrônicos no Brasil
Empresa é responsável pela assistência técnica de mais de 20 mil terminais em todo o País, além de administrar sistemas como portas giratórias e alarmes em milhares de agências do Banco do Brasil



A greve na Cobra Tecnologia chega ao terceiro dia com impactos econômicos importantes em todo o País. Presente em todo o território nacional com cerca de 4 mil funcionários, a BBTS é parceira do Banco do Brasil em Serviços de Processos de Negócios (BPO) e Serviços de Tecnologia da Informação (ITO).

Além de ser responsável pela assistência técnica de cerca de 23 mil terminais de autoatendimento (sendo 20 mil localizados em agências e outros 3 mil externos, em locais como aeroportos, fórum, shoppings), a BBTS tem como função a prestação de serviços de monitoramento, segurança eletrônica, apoio logístico a serviços bancários, gerenciamento de documentos, impressão, gestão de recursos de telecomunicações, entre outros. Nas agências, os sistemas de porta giratória, alarme, impressão e dos computadores internos são todos geridos pela Cobra.

Paralisação nacional

No estado de São Paulo, 90% dos trabalhadores aderiram à greve. Apenas 10% dos técnicos continuam trabalhando. Nas unidades localizadas no litoral norte e nos estados do Mato Grosso e Paraná, a paralisação é de 100%.

A tendência é que a falta de profissionais para atender às necessidades técnicas gere fila dentro das agências e aumento no tempo de atendimento. Com uma política de incentivo à digitalização que leva os clientes para a internet ou para os caixas eletrônicos, a falta de serviços como esse criará uma demanda maior nos atendimentos internos das agências. Outra situação que causa prejuízo é que, com os terminais fora de operação, não há como fazer o abastecimento dessas unidades, inviabilizando saques e depósitos.

Em São Paulo, fortalecidos pelo apoio da FEITTINF em parceria com o Sindpd, o movimento continua forte. "Os trabalhadores estão firmes com a ideia de paralisar as atividades. Sabemos que a greve teve impactos importantes na empresa. As máquinas estão paradas, serviços estão por fazer. Técnicos da empresa e gerentes de banco já demonstraram que houve um impacto econômico na BBTS", analisou Wildston Xavier de Mesquita, membro da OLT da Cobra Tecnologia.

Diante da mobilização e da pressão realizada pelo movimento grevista, as expectativas são de que a empresa apresente uma melhora na proposta de reajuste salarial. A mesa de negociação acontece nesta quinta-feira, 24, em Brasília.


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