O ministro da Economia, Paulo Guedes, defende que a reforma é fundamental para o país e que, sem ela, o Brasil poderá quebrar
Estudo da Secretaria de Política Econômica, do Ministério da Economia, diz que a economia poderá entrar em recessão já a partir do segundo semestre do ano que vem se a reforma não for aprovada. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 seria inferior a 1%. Até 2023, a economia continuaria em trajetória recessiva atingindo queda do PIB de 1,8%.
O governo argumenta ainda que, considerando a conta por pessoa, a proposta é mais penosa para servidores públicos e militares. A perda média para os trabalhadores da iniciativa privada é estimada em R$ 9.600 em dez anos para cada contribuinte. O impacto previsto para o funcionalismo público da União é de R$ 141 mil. No caso das Forças Armadas, é de R$ 181 mil.
Para Guedes, a criação de uma idade mínima atingirá, principalmente, trabalhadores com salários mais altos, que hoje se aposentam aos 55 anos. Diz também que um gari e um deputado se aposentarão sob as mesmas condições.
Economistas que defendem a proposta dizem que a reforma não é perfeita, mas necessária. Entre os principais méritos apontados pelos economistas está a criação de regras que servirão para grande maioria dos trabalhadores.
Por outro lado, há especialistas que defendem que algumas regras, como o tempo mínimo de contribuição de 20 anos (no caso dos homens) e a redução nos valores das pensões são mudanças duras e atingem brasileiros que dependem desses benefícios para sobreviver.
Criticam ainda a possibilidade de receber uma pensão por morte menor do que um salário mínimo e apontam uma regra de cálculo que deixa o valor da aposentadoria menor.
Para o FMI (Fundo Monetário Internacional), a proposta de reforma é forte, mas só essas medidas não serão suficientes para resolver a questão fiscal do Brasil.