São Paulo, 03 de agosto de 2011 – As Centrais Sindicais (CGTB, Força Sindical, CTB, UGT e Nova Central), sindicatos filiados e representantes dos principais movimentos sociais realizaram hoje (3), em São Paulo, uma manifestação por melhores condições de trabalho para todas as categorias do país. Cerca de 100 mil pessoas participam da marcha de 5 quilômetros que saiu da praça Charles Miller em frente o estádio do Pacaembu com destino à Assembleia Legislativa, passando pela Av. Paulista.
Em discurso na manifestação, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de TI (Sindpd) e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, ressaltou que o momento é favorável para aprovar as propostas dos trabalhadores no Congresso Nacional. “A voz das ruas não está rouca. A voz do povo ecoou por São Paulo em alto em bom som para dizer que estamos juntos, unidos e organizados. É chegada a hora de colocar em prática a pauta dos trabalhadores. Precisamos de juros mais baixos, reduzir a jornada de trabalho para 40 horas, colocar fim ao Fator Previdenciário, a Regulamentação da Convenção 151 e a ratificação da 158, a Reforma Agrária e a Regulamentação da Terceirização.
O presidente do Sindpd e da CGTB também destacou a importância de se discutir a Convenção 189 da Organização Internacional de Trabalho (OIT), que trata dos direitos dos trabalhadores domésticos. “No Brasil, mais de 7 milhões de pessoas desempenham o trabalho doméstico e já passou da hora de oficializarmos os direitos trabalhistas deste segmento. Não podemos virar as costas para tanta gente.” Afirmou Neto.
Para garantir a segurança do evento, as Centrais Sindicais contaram com o suporte da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a Prefeitura de São Paulo e a Polícia Militar. As entidades forneceram banheiros químicos, água mineral e a presença de ambulâncias com médicos plantonistas para garantir que não houvesse incidentes pelo grande acúmulo de pessoas. “Esta manifestação foi histórica. Mostrou que unidas as Centrais Sindicais têm organização e representatividade para mobilizar os trabalhadores e para lutar por um Brasil mais desenvolvido”, complementa Neto.
As reivindicações dos trabalhadores são: jornada de trabalho de 40 horas sem redução de salários; fim do fator previdenciário; regulamentação da Convenção 151 (negociação coletiva no setor público) e a ratificação da Convenção 158 (contra a demissão imotivada); mudança na política econômica governo (redução dos juros, novo projeto de desenvolvimento, mais e melhores empregos, salário igual para trabalho igual); garantia de aplicação de 10% do PIB em Educação; reforma agrária e urbana e a regulamentação da terceirização.
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