A fundadora e CEO da SoulCode Academy, Carmela Borst, integrou o terceiro painel do Techday, evento realizado pelo Sindpd-SP (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo), que reuniu centenas de profissionais para debater os desafios das mulheres no setor de tecnologia. Durante a discussão sobre as barreiras enfrentadas pelas profissionais da área, Carmela, com vasta trajetória em grandes corporações, destacou o papel do sindicato no apoio e acolhimento a profissionais durante transições de carreira.
Especializada em ESG, Tecnologia e Marketing, Carmela Borst ocupou posições de liderança na Oracle, Infor e AON, passou por Harvard e Stanford, é conselheira administrativa certificada pelo IBGC e atua em iniciativas sociais como Gerando Falcões, Casa do Zezinho, Instituto Ser+, Instituto Capim Santo e Cufa. Reconhecida por seu trabalho em educação e igualdade de gênero, recebeu o prêmio ONU Mulheres nos Estados Unidos na categoria ODS Educação de Qualidade.
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No painel, ela compartilhou experiências vividas como mulher em ambientes corporativos da área de tecnologia. Ao iniciar a carreira em uma empresa pioneira na implementação do código de barras no Brasil, Carmela era a única mulher no time. Posteriormente, ingressou na Oracle como Project Manager Junior, onde atuou por 18 anos e chegou à vice-presidência, sempre questionando como usar sua liderança para impactar outras mulheres.

“Enquanto eu estava lá, eu ficava pensando no que eu poderia fazer para transformar a vida de outras pessoas, naquela cadeira que eu estava. E claro, com muito foco em mulheres”, afirmou.
À frente da SoulCode, Carmela lidera projetos de inclusão digital, como um programa de letramento digital para mulheres no interior do Amazonas. Sua missão, após muitos anos em tecnologia, é “democratizar a educação digital e levar pessoas não óbvias para o setor de tecnologia”, explicou.
Sua filosofia de trabalho é baseada em dois pilares: “primeiro, garantir que sempre haja outra mulher crescendo ao seu lado (eu vou levar uma mulher junto comigo) e, segundo, agir com propósito, buscando impactar positivamente a vida de outras pessoas”.

Sobre a relevância de eventos como o Techday para a diversidade no setor, ela ressaltou:
“Quando a gente junta esse nome (Techday) com a capacidade que Sindpd tem de olhar para esse tema, acho que há pontos importantes. Primeiro, a esperança na mudança para tornar a tecnologia um mundo mais diverso. E a segunda coisa é que somente juntos e juntas vamos conseguir. O papel do Sindpd, que já está acontecendo, é apoiar essa mudança. Tem muita coisa a ser feita, mas são dias como esse que farão a diferença no futuro”, disse Carmela.
O Techday foi realizado no dia 29 de março pelo Sindpd e marcou o encerramento da Maratona 8 de Março, que, durante todo o mês da mulher, promoveu palestras e debates em dezenas de empresas de sua base e reuniu centenas de trabalhadoras, com o objetivo de promover a inclusão feminina no setor e o respeito às profissionais de TI.
(fotos: divulgação/Sindpd)