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19 de Maio de 2023
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Sindpd na Mídia: Sindpd cria tropa de elite
Comitê de Operações Especiais do sindicato esteve por trás da greve na Qintess.



O Sindpd, sindicato da área de TI de São Paulo, criou uma espécie de "tropa de elite", com profissionais de comunicação, jurídico e analistas de dados envolvidos em ações de grande visibilidade.

A unidade tem o nome Comitê de Operações Especiais (COE-SINPDP) e se você acha que o nome soa meio policial, não está enganado.

A sigla COE é usada por muitas forças policiais espalhadas pelo Brasil, geralmente vinculado com grupos de elite.

Um exemplo típico é o Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado de São Paulo, que lida com coisas como o combate ao crime organizado, o enfrentamento de sequestros e o resgate de reféns.

O COE do Sindpd, por outro lado, tem como missão centralizar denúncias, usar inteligência de dados e preparar ações contra "todo e qualquer afronta dos direitos trabalhistas", explica o sindicato em nota.

Na prática, o COE recebe denúncias, investiga e busca provas, o que realmente é próximo da atuação de um COE da PM.

"Com o aumento das denunciais, está sendo possível averiguar que determinados descumprimentos não são casos isolados, mas muitas vezes a regra da prática ilegal em determinada empresa, fato que inicia um processo de ação concentrada para desmontar tal ilegalidade", aponta o sindicato em nota.

Na prática, dá para dizer que o COE faz o trabalho normal de um grande sindicato (o Sindpd é de longe o maior e o mais influente no seu segmento no país), mas com um certo toque de marketing dado pelo nome vagamente ameaçador.

De acordo com o sindicato, a primeira ação baseada no trabalho do comitê foi a greve na Qintess, há cerca de um mês.

Recapitulado: uma das maiores integradoras de tecnologia do país, com 2,6 mil funcionários em São Paulo, a Qintess estava com salários e algumas obrigações trabalhistas atrasadas.

O Sindpd convocou uma greve, uma ação sem precedentes numa empresa privada desse porte. Não está claro qual foi a adesão. A empresa fala em 5%, o sindicato não cita cifra, mas disse que partes importantes da operação foram comprometidas.

Seja como for, em menos de 24h as partes chegaram a uma conciliação no Tribunal Regional do Trabalho, estabelecendo um cronograma de pagamentos de benefícios em atraso, além da conquista de auxílio home office e negociação de PLR.

O Sindpd diz que existem outros casos em apuração, sem mencionar nomes ou uma quantidade total, falando apenas em denúncias de assédio moral, prática antissindical, descumprimento de cláusulas da Convenção Coletiva, problema no pagamento de banco de horas, não pagamento de auxílio creche e auxílio para filhos especiais e falta de pagamento de PLR.

O plano de participação de resultados (PLR), aliás, é o tema de uma campanha atual envolvendo a Stefanini, uma das maiores empresas de tecnologia do país.

A principal pauta do sindicato é o pagamento de participação nos lucros e resultados para todos os funcionários (hoje, apenas gerentes ganhariam PLR na Stefanini).

No final de abril, o Sindpd soltou uma nota com o título: "Após greve vitoriosa na Qintess, sindicato mira gigante Stefanini", apresentando reivindicações dos funcionários da Stefanini, encerrando com a frase: "Uma greve não está descartada".

Como se vê, o Sindpd está usando a greve na Qintess para aumentar o seu poder de barganha em outras negociações com grandes empresas privadas (o que, aliás, não tem nada de errado).

Greves são um instrumento tradicional da mobilização dos sindicatos de tecnologia pelo país, mas na imensa maioria dos casos elas acontecem em grandes empresas estatais de tecnologia, onde o sindicalismo tem a sua grande base.

A situação de fundo, no entanto, está mudando. Demissões em massa na área de tecnologia, antes um fato raro, estão se tornando um acontecimento corriqueiro, afetando milhares de profissionais (a notícia mais lida no site agora mesmo é "Fintech demite 85% do quadro").

Mesmo que as demissões ainda estejam concentradas em startups, e não nos empregadores tradicionais da área de TI como a Stefanini, isso não quer dizer que elas não tenham um efeito nos profissionais de tecnologia como um todo.

Em redes sociais, é possível ver que o novo cenário econômico está abalando um pouco a autoconfiança de uma categoria que costumava pensar que sempre teria um nova vaga disponível em outro lugar, com salário melhor e mais benefícios.

O Sindpd parece ter sentido que o momento mudou, e está se posicionando de maneira mais agressiva no setor privado.




Por Maurício Renner

Fonte: Baguete


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