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14 de Agosto de 2023
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Sindpd debate desafios do setor de TI em live de aniversário
Live debateu a inclusão de mulheres no setor de TI, a importância da organização dos trabalhadores do setor e o acesso a qualificação profissional de qualidade



O Sindpd-SP promoveu uma live, nesta segunda-feira (14), para debater os desafios e as oportunidades do setor de Tecnologia da Informação (TI) no dia em que completou 39 anos de existência.

O debate foi mediado pelo presidente do sindicato, Antonio Neto, e contou com a participação de Marcelo Nagy (STW), Andréa Thomé (WOMCY), Vivian Fátima de Lima (Cantinho das QAs), Kaio Leal (QuebraDev) e Céu Serikawa Balzano (CultSec).

Entre os assuntos em debate, a inclusão de mulheres no setor de TI, a importância da organização dos trabalhadores do setor, segurança de redes, o acesso a qualificação profissional de qualidade, além de coletivos que atuem como ferramentas de conscientização de classe e pertencimento de categoria.

Na ocasião, foi inaugurado um Painel com críticas à precarização das relações trabalhistas, a partir da referência do filme "Tempos Modernos", estrelado por Charles Chaplin em 1936. O mural foi batizado de "Os tempos modernos da luta dos trabalhadores" e é assinado pelo artista Beto Silva.



Déficit de formação

Um dos maiores especialistas em cibersegurança do país, o desenvolvedor Marcelo Nagy lembrou que o trabalho dos profissionais de segurança da informação é contínuo, "é como vírus e antivírus, uma eterna briga de gato e rato".

"Nada é 100% seguro. Se alguém fala que algo é 100% seguro, está mentindo ou enlouqueceu", disse Nagy, que representou a Academia Forense Digital (AFD), fundada em 2016 para apoiar o desenvolvimento da Justiça brasileira através da educação e do compartilhamento de conhecimentos na área de Segurança da Informação. Hoje, a ADF tem cerca de 15 mil alunos.

Andréa Thomé lembrou que hoje o mercado de TI conta com cerca de 4,5 milhões de profissionais e um déficit de mão-de-obra qualificada de 3,4 milhões de vagas não preenchidas. "Tem oportunidade para todo mundo, mulheres, homens, LGBTs, para todos."

Andréa é presidente, no Brasil, da WOMCY, uma organização de mulheres latino-americanas do setor de cibersegurança, criada para, entre outras missões, aumentar as oportunidades para mulheres na indústria de segurança cibernética. Ela defendeu que, além das graduações - que frisou serem muito importantes -, é preciso criar formas mais ágeis de formação para atender a demanda do mercado de TI. "Dizem que a informação é o petróleo do mundo, mas a educação é a barra de ouro".



Inclusão

O Cantinho das QA's foi criado para ser um local seguro, onde mulheres podem interagir para tirar dúvidas sobre a área de Quality Assurance e sobre o mundo de tecnologia. Vivian Fátima de Lima falou sobre a resistência que ainda existe no mercado de TI a respeito da entrada de mulheres no setor.

"Em cursos de exatas, de tecnologia, há pouquíssimas mulheres. E são desestimuladas, como se não fosse "coisa pra mulher". Mas é. A gente é tudo que a gente quiser", defendeu, sob aplausos.

Kaio Leal representou o podcast QuebraDev, coletivo que tem como objetivo democratizar a informação para a periferia. Leal falou sobre o desafio de organizar a classe de trabalhadores de TI e defendeu um processo de inclusão no setor através de vagas afirmativas, formação e "principalmente acolhimento".

"A nossa realidade é bem difícil. Existem pessoas que conseguiram furar essa bolha, mas são minoria. Existe esse mito em várias empresas de contratar pessoas ?diversas?, mas que sem acompanhamento e, às vezes, uma atenção especial, vira um discurso vazio", apontou.

Segurança

Céu Serikawa Balzano compareceu ao evento em nome da Cultsec - organização que promove conscientização sobre Segurança da Informação - e contou um caso de uma pessoa que faleceu em um hospital por conta de um ataque cibernético.

Ela explicou que brechas de segurança, como não atualizar o seu sistema operacional, geram um risco de ataque, e que as empresas falham em não conscientizar todo o seu corpo de funcionários, focando apenas em profissionais mais colocados nas companhias. "E se a gente tivesse conscientizado as pessoas para não clicarem em links maliciosos em um e-mail?"

Céu acredita que falta investimento em treinamento e conscientização em cibersegurança. "Conscientização em segurança da informação é peça chave pro futuro do setor".

Antonio Neto anunciou para esta terça-feira (15) o lançamento do Sindplay, uma plataforma de formação e qualificação de profissionais do setor de TI que oferecerá diversos cursos para trabalhadores da Tecnologia da Informação, ainda na esteira das comemorações dos 39 anos do Sindpd.

Neto defendeu a importância do sindicato e da importância de o trabalhador conhecer os seus direitos e rechaçou a ideia de que a luta sindical é algo ultrapassado. "Velha é a exploração. Moderno é proteger o trabalhador e a trabalhadora".






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