Campanha Salarial: Assista trechos da 2ª rodada de negociação entre Sindpd e Seprosp

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16 de Janeiro de 2024

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Campanha Salarial: Assista trechos da 2ª rodada de negociação entre Sindpd e Seprosp

Reunião ocorreu na última sexta-feira (12); nova rodada de negociação foi marcada a próxima sexta

Na última sexta-feira (12), Sindpd e Seprosp se reuniram para a segunda rodada da negociação coletiva da Campanha Salarial 2024. Novamente, os patrões ofereceram uma proposta de reajuste muito aquém do esperado, de 3,5%, abaixo até dos índices inflacionários. A proposta foi prontamente negada pelo Sindpd, que pede, em sua pauta de reivindicações aprovada pelos trabalhadores da categoria, um aumento de 7,5%.

Assista trechos da negociação:

"Por mais que tenha tido um avanço mínimo, você mesmo citou o índice de inflação do período, mas não vamos tratar pelo índice. Queremos aumento real.", apontou Antonio Neto, presidente do sindicato dos trabalhadores de TI de São Paulo.

Um dos pedidos do setor patronal foi inserir na cláusula de Vale-Refeição a não obrigatoriedade do pagamento do benefício nas férias, o que também negado pelo Sindpd. O presidente do Sindpd lembrou que a cláusula do vale-refeição foi conquistada em dissídio de greve no tribunal, a partir de um normativo precedente que não exclui o pagamento nas férias.

"O pedido de vocês reforça o que sempre conversamos: tem que pagar. Não vou mudar a cláusula do vale-refeição porque para nós está incluído na cláusula o pagamento nas férias, no mínimo nas férias.", respondeu Neto.

"VR não paga um BigMac"

A proposta - também recusada - de reajuste do Vale-Refeitção também foi de 3,5% sobre o valor atual de R$ 23,93 por dia (22 dias por mês).

"O valor que você está oferecendo de vale-refeição não paga um combo do McDonald's, não paga um Big Mac, que é o básico do MC. Que custa em média 32 reais.", criticou duramente Antonio Neto.

"O vale-refeição não foi criado para alimentar o trabalhador. Foi criado para não pagar imposto. Foi criado para diminuir a carga tributária sobre a folha de pagamento. Isso é uma complementação", argumentou Luigi Nesse, presidente do Seprosp.

"Isso aqui (VR) garante que os companheiros se alimentem. Garante porque o salário não dá! Olha o que você está oferecendo de piso (salário normativo). ", pontuou Neto, que sugeriu que topa que o valor seja pago em dinheiro, caso chegue aos R$ 35 diários, valor reivindicado pelos trabalhadores de TI.

O patronato já aceitou a obrigação de transporte noturno estendido, a contabilização da hora extra logo após um período de tolerância de cinco minutos e a alteração da redação da cláusula de filhos com deficiência, incluindo o acesso ao benefício para filhos com neurodiversidades. As demais cláusulas seguem em negociação.

Uma nova rodada de negociação foi marcada para a próxima sexta-feira (19), às 14h30.