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06 de Agosto de 2024
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Cibersegurança: guia completo para uma carreira de sucesso
Com o crescimento exponencial do universo digital, cresce também a demanda por cuidados redobrados com a seguridade e privacidade dos dados



Cibersegurança ou segurança cibernética é o nome dado ao setor da tecnologia da informação que cuida da proteção e segurança contra qualquer tipo de ameaça e/ou risco de ataque digital.

Com o crescimento exponencial do universo digital, cresce também a demanda por cuidados redobrados com a seguridade e privacidade dos dados. Portanto, profissionais especializados são cada vez mais requisitados.

Neste artigo, vamos explorar tudo sobre o mercado da cibersegurança, detalhar possíveis campos de atuação e fornecer dicas valiosas para quem deseja investir nesta carreira.

Por que investir na carreira de cibersegurança?

Atualmente, o setor do mercado que mais cresce é o da tecnologia e, consequentemente, os especialistas em cibersegurança se destacam, já que governos e organizações se encontram cada vez mais vulneráveis e enfrentam ameaças cibernéticas. Desta forma, até o usuário comum tem seus dados expostos no ambiente virtual. Por isso, a demanda é crescente por pessoas treinadas em cibersegurança.

De acordo com a Spherical Insights (conteúdo em inglês), até 2030, o crescimento do mercado nessa área deverá ser de 11,6%, alcançando então o valor de $501,6 bilhões de dólares. Na contramão desses números, a perspectiva é que até 2025 haverá um déficit de 140 mil profissionais no brasil.

Portanto, o mercado está aquecido e abundante em ofertas de emprego. Quem quiser ingressar nesta carreira e alçar um crescimento profissional acelerado com salários atrativos, a hora é agora. Além disso, um profissional de cibersegurança contribui ativamente na construção do mundo na era digital e exerce impacto significativo em toda a sociedade, garantindo segurança e privacidade para todos os indivíduos.

Saiba mais: Tecnologia pode ser ferramenta para redução de desigualdades, diz G20

Ademais, a demanda em cibersegurança é alta no mundo todo e apresenta uma vasta diversidade de carreira ao redor do mundo. Com um bom nível de inglês, é possível abraçar oportunidades em qualquer continente, com possibilidade de morar no exterior ou trabalhar remotamente recebendo em dólares ou euros.

O que faz um profissional de cibersegurança?

Protege sistemas, redes e dados: toda máquina conectada à internet acessando e compartilhando informações ficam expostas a invasores e vazamento de dados. Por isso, é de fundamental importância determinar um regulamento complexo nas práticas e mecanismos de acesso através de chaves de segurança, criptografia, autenticação em duas etapas e outras medidas. Além disso, a implementação e o gerenciamento das medidas de segurança devem fazer parte do protocolo que lida com ameaça constante de invasões, malwares, vírus e outros ataques.

Realiza testes de penetração: para detectar brechas e pontos de vulnerabilidades em sistemas operacionais, redes ou apps, simulações de ataques cibernéticos e invasões devem ser realizadas. Aqui, o especialista executa um treinamento com ações a serem tomadas em eventualidades de tentativas de violação e implementa medidas preventivas, como firewalls, sistema de detecção de intrusão e programas antivírus eficientes.

Desenvolve e implementa políticas de segurança: para nortear as ações de segurança cibernética, é essencial que o responsável por essa área desenvolva as políticas da empresa ou organização e defina as normas, limites e procedimentos que devem ser implementados segundo a LGPD. A transmissão das práticas de segurança a todos os colaboradores e usuários também fica a cargo deste profissional que, eventualmente, deve realizar atendimento, suporte técnico e treinamentos de forma a orientar e conscientizar todos os pontos de contato com os sistemas em questão.

Gestão de acessos criptografados: outra tarefa vital do profissional de cibersegurança é o gerenciamento de chaves de segurança criptografadas. Cada login deve conter o monitoramento adequado como a definição do tipo de acesso e chaves, troca periódica das senhas e acessos e renovações de licenças.

Identifica logs e falhas de segurança: mesmo que haja trabalho árduo em prevenção de invasões, nenhum sistema está imune a incidentes. Sendo assim, o responsável deve analisar o surgimento de logs (arquivos que apontam momentos de falha no sistema), identificar anomalias e padrões anormais de funcionamento e agir imediatamente em caso de possíveis vazamentos. Caso haja sucesso numa investida de crime cibernético, este encarregado será questionado sobre a integridade dos sistemas e deverá conduzir investigações.

Atualiza-se constantemente: o próprio ritmo das transformações tecnológicas exige aperfeiçoamento contínuo dos trabalhadores do setor. Além disso, hackers sempre encontram formas inovadoras para burlar sistemas de segurança e, por isso, é necessário acompanhar as tendências de golpes e ataques cibernéticos.

Gestão de orçamento de defesa digital: conforme as camadas entre o mundo online e offline ficam cada vez mais finas, os sistemas internos e banco de dados de pessoas físicas e jurídicas ficam cada vez mais expostos. Desta forma, organizações de todos os portes se preocupam em investir em seus sistemas de segurança. Cabe ao profissional dessa área gerenciar os recursos do setor e tomar as decisões em relação a todo tipo de gasto em parceria com a direção e o financeiro.

Por onde começar?

Embora não seja necessária uma formação em TI para ingressar na área de cibersegurança, a graduação pode abrir muitas portas neste setor, principalmente por ser uma especialidade que requer bastante conhecimento técnico. No entanto, há espaço também para profissionais de outras áreas que se dediquem em capacitações exigidas na área.

1 - Comece com as principais certificações
2 - Desenvolva habilidades técnicas e comportamentais
3 - Adquira experiência no ramo
4 - Construa uma boa rede de contatos
5 - Mantenha-se atualizado
6 - Conheça o curso de Fundamentos de Cibersegurança no Sindplay!

Habilidades e certificações em cibersegurança

Security +: O CompTIA Security+ é a certificação inicial essencial para a segurança cibernética, estabelecendo o conhecimento básico necessário e preparando candidatos para funções de nível intermediário. Ela ensina práticas de solução prática de problemas, capacitando profissionais a avaliar a segurança de uma organização, recomendar e implementar soluções, monitorar e proteger ambientes híbridos (incluindo nuvem, dispositivos móveis e IoT), operar conforme leis e políticas aplicáveis, e responder a eventos e incidentes de segurança.

Certified Threat Intelligence Analyst (CTIA): O programa Certified Threat Intelligence Analyst (C|TIA) da EC-Council ajuda organizações a identificar e mitigar riscos, transformando ameaças desconhecidas em conhecidas. Desenvolvido com especialistas globais, o curso ensina uma abordagem estruturada para criar inteligência eficaz contra ameaças e cobre todos os estágios do ciclo de vida da inteligência sobre ameaças. Essencial para profissionais que lidam com ameaças cibernéticas, o C|TIA aprimora habilidades e aumenta a empregabilidade dos analistas, sendo amplamente respeitado no setor de segurança cibernética.

Certified SOC Analyst (CSA): A certificação CSA é um programa de treinamento intensivo de 3 dias que capacita candidatos com habilidades técnicas atuais e demandadas, ministradas por instrutores experientes, focando em criar oportunidades de carreira em operações de SOC. O curso abrange fundamentos de operações SOC, gerenciamento e correlação de logs, implantação de SIEM, detecção e resposta avançada a incidentes, além de ensinar a gerenciar processos SOC e colaborar com o CSIRT em situações críticas.

Certified Incident Handler (ECIH): O programa Certified Incident Handler (E|CIH) do EC-Council capacita alunos a preparar, lidar e erradicar ameaças durante incidentes de segurança. O curso cobre todo o processo de resposta a incidentes, com laboratórios práticos que ensinam planejamento, registro, triagem, notificação e contenção. Os alunos aprenderão a criar políticas de IH&R, lidar com diferentes tipos de incidentes e realizar atividades pós-incidente, como coleta de evidências e análise forense, para proteger contra futuras ameaças.

Certified Penetration Tester (CPENT): O programa Certified Penetration Testing Professional (C|PENT) da EC-Council ensina a realizar testes de penetração eficazes em redes empresariais complexas, cobrindo sistemas IoT, OT, criação de exploits, e exploração binária avançada. O curso aplica essas habilidades em ambientes cibernéticos ao vivo, refletindo mudanças reais em objetivos e tecnologias, preparando os participantes para desafios de segurança cibernética.

Carreiras possíveis em segurança cibernética

Analista de cibersegurança

Um analista de segurança é responsável por proteger os ativos digitais de uma organização, monitorando e analisando a segurança da rede e dos sistemas. Eles identificam vulnerabilidades e ameaças, desenvolvem estratégias de proteção, implementam e mantêm medidas de segurança como firewalls e programas antivírus, realizam testes de segurança e avaliam a eficácia das soluções existentes. Além disso, investigam incidentes de segurança, respondem a ameaças emergentes e ajudam na implementação de políticas e procedimentos de segurança.

Engenheiro de segurança cibernética

O desenvolvimento e implementação de medidas proativas de proteção fica a cargo do engenheiro de segurança que conta com firewalls, sistemas de detecção de ameaças e de prevenção de perda de dados, além disso também faz a análise de toda a estrutura de TI para identificar eventuais fraquezas. Nesta função, há uma perspectiva própria ao trabalhar com a proteção dos sistemas de rede, uma vez que o foco é voltado para a elaboração de estruturas de seguridade.

Consultoria em segurança cibernética

Atuar com consultoria pode ser um pontapé inicial para quem busca adquirir experiência e prática no ramo. Com as certificações adequadas, o profissional já tem capacitação substancial para atender empresas menores que não tem porte ou orçamento para montar um time próprio de segurança; mas também empresas maiores e multinacionais fornecendo uma abordagem imparcial. Uma excelente alternativa para construir portfólio, networking e uma boa carteira de clientes.

Pentester ou Hacking Ético

Este especialista atua com as mesmas estratégias de ataques e invasões que hackers utilizam para cometer crimes cibernéticos. No entanto, suas práticas tem o objetivo de rastrear pontos de vulnerabilidades para fortalecimento da infraestrutura de segurança digital. Essas simulações são chamadas de testes de penetração e frequentemente atuam em conjunto com a equipe de manutenção dos sistemas.

Perito Forense Digital

Este investigador tem participação fundamental na solução de crimes online e offline através do levantamento de informações compartilhadas pelas redes, investigação de dados, sistemas operacionais e dispositivos. Desta forma, é possível realizar um mapeamento de indicações e reconstruir o caminho da realização de um delito.

O profissional deve analisar ambientes digitais, identificar ameaças e invasões, rastrear fraudes e potenciais riscos.

Analista de incidentes

O responsável pelos incidentes cibernéticos de uma empresa deve ter qualificação e treinamento adequados para atuar rapidamente em caso de ameaças, ataques ou fraudes. Cabe a este especialista a eficiência de executar planos de ação previamente estabelecidos, a autonomia da tomada de decisões e a postura de liderança para orientar toda a equipe para estancar vazamentos e remediar o problema imediatamente.

Auditor de segurança de informação

O auditor de cibersegurança deve garantir que empresas estejam protegidas contra ameaças criminosas. Este profissional precisa entender como as organizações operam para serem protegidas adequadamente sem que novos protocolos de segurança interfiram em suas práticas. Sejam em nível departamental ou em sistemas inteiros, as auditorias devem ser projetadas e gerenciadas em conformidade com os padrões da infraestrutura de TI e com a LGPD. Por fim, os dados devem ser coletados e analisados detalhadamente, identificando brechas e gerando relatórios com soluções possíveis.

Chefe de segurança da informação CISO

Também conhecido como CISO (Chief Information Security Officer), o chefe ou diretor de segurança cibernética é responsável por supervisionar toda a divisão de segurança digital de uma empresa. Com a cooperação das outras lideranças, este diretor elabora planos estratégicos detalhados em prol da defesa digital da organização.

Os cargos de liderança em TI são os mais bem remunerados de todo o mercado de trabalho. Portanto, o encarregado da direção de cibersegurança é bastante requisitado e recebe propostas atrativas.

LEIA: Salários em TI: conheça cargos e remunerações da área da tecnologia

Portanto, o setor da segurança da informação está em franco crescimento, recebendo grandes investimentos em todos os lugares do mundo. O profissional que começar a se preparar desde já, terá um futuro brilhante e promissor pela frente, podendo estar na vanguarda dos grandes desenvolvimentos na área.

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(Foto: Reprodução)


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