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03 de Setembro de 2024
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Setembro Amarelo: Sindpd apoia campanha e oferece palestras e cursos sobre saúde mental; saiba
Sindicato paulista de TI tem defendido a importância de dar atenção à saúde mental dos trabalhadores, contribuindo com cursos e palestras sobre o tema



O Setembro Amarelo deste ano - campanha de prevenção ao suicídio realizada desde 2014 - tem como lema "Se precisar, peça ajuda!" (Acesse o site da campanha aqui). O Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação de São Paulo (Sindpd-SP) apoia a campanha e permanentemente chama a atenção para a importância de se cuidar da saúde mental dos trabalhadores e trabalhadoras do setor de TI.

Desde abril desde ano, o Sindpd oferece gratuitamente a empresas palestras sobre saúde mental com diversos enfoques, como "autossabotadores", "doenças psicológicas nos profissionais de TI", "escrita terapêutica", "vencendo seus medos" e "vulnerabilidade". (Saiba mais aqui)

LEIA: Feira virtual terá 3 mil vagas de emprego, estágio e trainee em diversas empresas; inscreva-se!

Além disso, a plataforma de streaming de qualificação profissional do Sindpd, o Sindplay, possui uma trilha dedicada à saúde mental, ao lado dos cursos de formação técnica, destacando o tema como tão importante para o trabalhador quanto o conhecimento técnico da sua profissão. (Conheça o Sindplay aqui)

Diversos estudos já demonstraram que a saúde mental dos trabalhadores tem impacto direto na produtividade da empresa. Junto ao aspecto social e humano da questão, cuidar da saúde mental dos funcionários é, também, uma estratégia empresarial inteligente.

"No mundo em que vivemos e trabalhamos, a pressão mental está maior a cada dia, principalmente no meio corporativo. Abordar o assunto da saúde mental nas empresas se torna essencial para o bem-estar dos colaboradores", afirma a pedagoga Maria Auxiliadora Camargo Marques, que ministra as palestras e cursos sobre saúde mental oferecidos pelo Sindpd.

Suicídio entre trabalhadores

A questão do sofrimento mental dos trabalhadores no Brasil chegou a índices que acendeu um alerta no Conselho Nacional de Saúde (CNS) e até mesmo de órgãos internacionais.

No início do ano, o CNS criou um grupo de trabalho para investigar mortes relacionadas ao trabalho, e desenvolver estratégias para enfrentar às condições que levam aos óbitos.

O grupo foi criado atendendo a uma solicitação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ações concretas do governo brasileiro para lidar com as questões de saúde mental dos trabalhadores no país.

Ao criar o grupo de trabalho, o CNS informou que se baseou em dados preocupantes que indicam um alto índica de suicídio entre pessoas na idade produtiva. Um recorte do Sistema de Informação sobre Mortalidade, de 2019, registrou 13.520 casos de suicídio, em um total de 142.800 casos de óbitos por causas externas. Desses, 9.977 eram trabalhadores, o que representa 6,7 para cada 100 mil trabalhadores registrados pela Classificação Brasileira de Ocupações.

Segundo uma das conselheiras indicadas para integrar o grupo de trabalho, Altamira Simões de Sousa, a intenção é analisar dados para compreender melhor a relação entre as mortes de trabalhadores e o ambiente em que eles trabalham.

"Quando nos deparamos com dados sobre um acidente de trabalho, a gente já sabe que a causa da morte tem relação com aquele ambiente. Mas, em muitos outros casos, não é possível entender, por isso vamos ouvir também instituições que agrupam trabalhadores, como sindicatos e centrais, e trabalhar também com outras literaturas sobre o tema", disse.

Sobre o Setembro Amarelo

Desde 2014, a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), divulgam e conquistam parceiros no Brasil inteiro com essa linda campanha.

O dia 10 deste mês é, oficialmente, o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas a iniciativa acontece durante todo o ano. Atualmente, o Setembro Amarelo® é a maior campanha antiestigma do mundo! Em 2024, o lema é "Se precisar, peça ajuda!".

De acordo com a última pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2019, são registrados mais de 700 mil suicídios em todo o mundo, sem contar com os episódios subnotificados. Com isso, estima-se mais de 1 milhão de casos. No Brasil, os registros se aproximam de 14 mil casos por ano, ou seja, em média 38 pessoas cometem suicídio por dia.

Embora os números estejam diminuindo em todo o mundo, os países das Américas vão na contramão dessa tendência, com índices que não param de aumentar, segundo a OMS.

Sabe-se que praticamente 100% de todos os casos de suicídio estavam relacionados às doenças mentais, principalmente não diagnosticadas ou tratadas incorretamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.

(Foto: Divulgação)


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