No primeiro bimestre deste ano, a produção industrial ampliou-se em 3,8% frente ao resultado do mesmo período de 2006. Segundo o IBGE, a taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses até o mês de referência, permaneceu praticamente estável na passagem de janeiro (2,9% de avanço ante os 12 meses imediatamente anteriores) para fevereiro (2,8%).
O IBGE informa que o crescimento de 0,3% na produção observado no total da indústria entre janeiro e fevereiro (após variação de -0,4% no mês anterior) eleva o patamar de produção de volta ao nível recorde atingido em dezembro de 2006.
Na comparação com ajuste sazonal entre janeiro e fevereiro de 2007, dos 23 ramos de atividade pesquisados pelo IBGE, 14 tiveram crescimento da produção.
Os maiores impactos positivos vieram dos segmentos de refino de petróleo e produção de álcool (4,1%), refletindo o aumento em derivados de petróleo, após paralisação em algumas refinarias ocorrida em janeiro; material eletrônico e equipamentos de comunicações (7,4%), que mostra crescimento após dois meses em queda; e alimentos (1,8%), que completa a seqüência de quatro taxas positivas, acumulando ganho de 4,2%.
Já as principais pressões negativas no nível de produção nacional vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-5,7%); máquinas e equipamentos (-2,6%); e metalurgia básica (-2,9%). O IBGE destaca que essas atividades vinham em expansão, tendo atingido em janeiro taxas de 8,2%, 5,9% e 3,0%, respectivamente.
Ainda na comparação com o mês anterior, o segmento de bens de consumo duráveis (1,2%) alcançou a taxa mais elevada entre as categorias de uso, segundo resultado positivo consecutivo, acumulando um crescimento de 3,4% nestes dois primeiros meses do ano.
De acordo com o IBGE, a produção de bens de consumo semi e não duráveis (0,7%) e a de bens intermediários (0,5%) reverteu o sinal registrado em janeiro (quando anotaram -0,8% e -0,2%, respectivamente) e retornaram ao patamar recorde de dezembro de 2006.
O setor de bens de capital (0,1%) mostrou estabilidade após quatro resultados positivos consecutivos, acumulando expansão de 10,8% entre outubro de 2006 e fevereiro último.
Comparação anual
Tomando-se como referência a comparação entre fevereiro de 2007 e o mesmo mês do ano passado, o crescimento da indústria de 3% refletiu o aumento da produção em 17 dos 23 ramos pesquisados.
Segundo o IBGE, os maiores impactos positivos sobre o índice global, por ordem de importância, vieram de máquinas e equipamentos (10,1%); alimentos (4,9%); metalurgia básica (9,1%); máquinas para escritório e equipamentos de informática (29,6%); outros produtos químicos (6,7%); e indústria extrativa (6,3%).
Ainda na comparação com fevereiro de 2006, os índices por categorias de uso confirmaram a liderança de bens de capital (14,3%), com ritmo bem acima da média industrial (3%). Com desempenho abaixo da média global (3%), a categoria de bens de consumo semi e não duráveis (1%) mostrou o segundo resultado positivo consecutivo nessa comparação.
O IBGE aproveitou para anunciar uma revisão do dado de janeiro de 2007, que, em vez de uma queda mensal de 0,3%, como o comunicado inicialmente, observou um recuo de 0,4% na produção.
Fonte : Informações do Valor Online / da redação em São Paulo (04/04/2007 )
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