O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou dia 28, em discurso onde esteve presente o presidente do Sindpd, Antonio Neto e integrante do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social – CDES, que a reserva de petróleo da camada pré-sal, na Bacia de Santos, “é um passaporte para o futuro”.
Estiveram presentes 28 ministros, 18 senadores e deputados e 414 representantes da sociedade civil, entre eles o presidente do Sindpd, Antonio Neto, o presidente da Vale do Rio Doce, Roger Agnelli; o presidente do Bradesco, Márcio Cipriano; o presidente da Microsoft, Michel Levy e o presidente do Conselho de Administração da Aracruz Celulose, Carlos Alberto Vieira.
Na reunião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostrou que o país está se preparado para crescer. A tarefa de apresentar o montante de investimentos e os reflexos na economia coube ao presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social -BNDES, Luciano Coutinho. A reunião contou ainda com a presença do presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli e do professor da Fundação Getulio Vargas -FGV, Marcelo Neri, que falou sobre as mudanças sociais, como a queda da pobreza e também, também falará.
“Se os recursos do pré-sal forem aquilo que imaginamos, o Brasil dentro de alguns anos se transformará num grande produtor mundial de petróleo”, afirmou.
O presidente disse que fez apenas três recomendações à comissão interministerial criada para estudar a forma de exploração e comercialização da reserva petrolífera: que o Brasil não se torne apenas um exportador de óleo cru, mas que se consolide como indústria petrolífera; que as reservas beneficiem todos os brasileiros e que não se pode ainda gastar os recursos com a exploração que ainda não começou.
A comissão entregará ao presidente, no dia 19 de setembro, um estudo sobre o assunto, que servirá de base para a discussão com a sociedade.
Lula fez um balanço dos investimentos governamentais em diversas áreas, e ressaltou a indústria naval.
“No início da década de 80, ela [indústrias naval] era a segunda do mundo, com 36 mil trabalhadores. Aí inventaram que não tínhamos competitividade e que era mais barato comprar navios lá fora. Resultado, em pouco tempo nossos estaleiros foram à pique. Na virada do século, empregavam menos de dois mil trabalhadores. Hoje já contamos com quatro plataformas e vamos contar ainda com mais oito. Finalmente recuperamos a indústria naval brasileira”.
Com relação à indústria automobilística, o presidente destacou que o Brasil passará a ser “o quinto ou o sexto” na produção de automóveis do mundo, lembrando que o país este ano produzirá cerca de 3,5 milhões de automóveis.
No setor de siderurgia, Lula disse que a idéia é dobrar a produção de aço em seis anos; no setor de petróleo, implantar, até 2010, cinco novas refinarias.
“Nos próximos anos, ainda sem incluir a exploração e a produção no pré-sal, a Petrobras pretende investir US$ 19,5 bilhões por ano, um salto simplesmente espetacular em relação à década passada”, afirmou.
O presidente voltou a comemorar os resultados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). “Também graças ao PAC, nossas rodovias foram ou estão sendo recuperadas, e os leilões de concessões não só derrubaram fortemente as tarifas antes vigentes, como estão permitindo investimentos privados significativos em algumas das estradas de maior tráfego no país”.
O presidente ressaltou que as Hidrelétricas de Santo Antônio e de Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia, vão gerar, juntas, mais de 6 mil megawatts de energia.
“No ano que vem, licitaremos [a Usina de] Belo Monte, que quando estiver concluída responderá por mais 11 mil megawatts”.
“A turma do contra que me desculpe, mas não vai faltar energia no país”, disse.
Sobre saneamento, Lula disse que até 2010 o governo federal, os estados e as prefeituras investirão R$ 40 bilhões em abastecimento de água e esgoto, que, segundo o presidente, atenderá, no mínimo, 22 milhões de domicílios.
A respeito do projeto de transposição e revitalização do Rio São Francisco, o presidente disse que está em pleno andamento.
“Até 2010, o eixo leste será inaugurado. Meu sucessor poderá inaugurar o eixo norte em 2012. Essa obra, sonhada desde o Império por D. Pedro II, finalmente está virando realidade. Em breve, 12 milhões de nordestinos estarão livres do flagelo da seca e terão água boa para beber e plantar”, afirmou.
Integra do discurso do presidente Lula
Transparências da apresentação de Marcelo Nery da Fundação Getulio Vargas
Transparências da apresentação de José Sergio Gabrielli – Presidente da Petrobrás
Transparências da apresentação de Luciano Coutinho- Presidente do BNDES
NULL