Enquanto as maiores economias do mundo procuram aderir medidas para proporcionar o aquecimento da economia, o Copom – Comitê de Política Monetária – anunciou, no último dia 30, o congelamento da taxa básica de juros em 13,75%. A medida foi comunicada no mesmo dia e que o Banco Central Americano (Federal Reserve) divulgou o corte de um terço nos juros, diminuindo de 1,5% para 1,0% visando a necessidade de um estímulo para o mercado produtivo e consumidor.
A medida da cúpula econômica brasileira pode trazer sérios prejuízos à economia nacional, empurrando o país para uma recessão. Esta posição vai de contramão ao crescimento nacional, restringindo, com os altos índices da taxa de juros, o crédito que afeta diretamente a produção e só favorece a especulação de papéis dos títulos do governo. As Centrais Sindicais Unidas rejeitam severamente essa posição, que prejudicam, acima de tudo, o trabalhador, favorecendo apenas uma minoria de especuladores, que ganham com a alta das taxas de juros.
Segundo Antonio Neto, presidente do CGTB – Central Geral dos Trabalhadores do Brasil e do Sindpd – Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados, a medida do Copom vai contra as medidas que os brasileiros tanto precisam. “Mais do que nunca é preciso reduzir os juros para aumentar o crédito e os investimentos, para expandir a atividade produtiva e gerar empregos. Manter os juros altos restringe o crédito e condena o país a um crescimento medíocre” ressalta o presidente do Sindpd.
Trabalhadores e empresários se preocupam com as conseqüências desta taxa de juros, nem os mais otimistas dos brasileiros conseguem ver benefícios com a manutenção desta taxa, e esperam uma intervenção rápida do governo para que o país possa retomar o crescimento.
NULL