O esforço do governo Lula para enxugar as despesas e aumentar o investimento nos setores que estimulam a geração de emprego tem dado certo e repercutido positivamente. Neste mês de abril, o ministro da fazenda, Guido Mantega, anunciou uma medida importante sobre os recursos do governo: a diminuição da meta do superávit primário de 3,8% para 2,5%. Dessa forma, os cofres públicos terão uma economia de 40 bilhões de reais, que serão destinados aos investimentos para impulsionar a economia. O superávit primário é a quantia do Produto Interno Bruto, o PIB, que é reservada para o pagamento de juros da divida interna.
Segundo Mantega, esta redução ocorrerá em parte pela retirada dos investimentos realizados pela Petrobras do cálculo do superávit, o que já diminuiria a meta de 3,8% para 3,3% do PIB. Além disso, o governo está reduzindo em 0,75 ponto porcentual o superávit do governo central (Banco Central, Tesouro Nacional e Previdência Social), que vai passar de 2,15% do PIB para 1,40% do PIB. O esforço dos estados e municípios está sendo reduzido de 0,95% para 0,90% do PIB.
Segundo o presidente do Sindpd e da CGTB, Antonio Neto, o corte do superávit foi um passo importante realizado pelo governo, já que a maior parte da redução do superávit virá dos cofres da União, que deverá segurar um montante de 1,4% do PIB, o que representa um aporte de R$ 23 bilhões na economia. “Não há dúvida de que a medida nos agradou muito. Ela terá um impacto extremamente positivo sobre a economia do país e resolverá parte dos problemas causados pela queda na arrecadação”, afirmou Neto
Outra notícia importante para a economia foi o estudo feito pelo economista Alexandre Marinis, e divulgado no jornal Folha de São Paulo, que revela que entre abril de 2006 e fevereiro de 2009, os gastos anuais do governo central com juros caíram cerca de R$ 40 bilhões.
Esta migração de recursos para investimento de infra-estrutura e geração de empregos tem sido fundamental para o país, em vez de reservá-lo em grande parte ao pagamento de juros, principalmente neste período conturbado da economia global.
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