Desde 2002, o Brasil tirou mais de 4 milhões de pessoas da condição de pobreza. Esta estatística pertence ao levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que comparou o número de pobres existentes no Brasil antes e durante a crise financeira internacional. O estudo abrange as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, São Paulo, Porto Alegre e do Rio de Janeiro.
Segundo o presidente do Ipea, Márcio Pochmann, as políticas de inclusão desenvolvidas pelo governo Lula e o crescimento do mercado interno foram importantes variáveis para que fosse possível gerar renda para grande parte dos brasileiros, mesmo no período da crise internacional, no qual a situação econômica da população tende a declinar.
“De 2002 para cá, temos 4 milhões de pessoas a menos vivendo em condições de pobreza no conjunto dessas seis regiões. Na comparação do período atual com o período anterior à crise, verificamos que 503 mil pessoas saíram da pobreza”, disse Pochmann no lançamento do estudo Desigualdade e Pobreza no Brasil Metropolitano Durante a Crise Internacional: Primeiros Resultados.
Para combater os efeitos negativos da crise, o governo implementou um conjunto de medidas, entre as quais a redução na taxa de juros, do superávit primário, aumento do crédito público e do salário mínimo e ampliação de programas de garantia de renda.
“Houve uma série de decisões que ajudaram a criar uma rede de proteção social àqueles segmentos mais vulneráveis da população brasileira”, afirmou o presidente do Ipea. “Entre elas, houve a elevação do salário mínimo e a ampliação do programa Bolsa Família, que impediram que o Brasil aumentasse a pobreza, como havíamos observado em outros momentos de crise”, completou.
Nas cidades pesquisadas, o índice de pobreza foi reduzido praticamente em 27% desde 2002; São Paulo foi a cidade que apresentou o melhor resultado – quase 63% das pessoas que deixaram a pobreza se localizavam na região metropolitana de São Paulo.
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