BRASÍLIA – Começará na quinta-feira, 18, a negociação, de fato, entre o governo e centrais sindicais a respeito do novo salário mínimo. As centrais insistirão no aumento do mínimo para R$ 580,00. O governo, segundo o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, deve manter posição em relação ao reajuste para R$ 540,00, que leva em conta critérios adotados nos últimos anos (inflação e crescimento do Produto Interno Bruto – PIB).
O encontro, segundo informações das centrais sindicais, será às 10h30, desta quinta-feira, no escritório da Presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo. Além de Paulo Bernardo, também é aguardado o ministro da Previdência, Carlos Eduardo Gabas, que confirmou presença por meio de sua assessoria de imprensa.
O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB) e do Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação (Sindpd), Antonio Neto, disse estar “tranquilo” em relação ao aumento mais gordo do mínimo. “A presidente eleita Dilma (Rousseff) deixou claro que haverá aumento real de salário em todos os anos, até 2023”, salientou. Para ele, ampliar o reajuste neste momento, além do que foi acertado em acordo com as centrais no passado, não é quebrar a regra. “Na ocasião, não havia previsão de PIB zero”, justificou.
Além disso, o sindicalista salientou que a cada R$ 1,00 concedido ao salário mínimo, o governo recebe 50% como consequência. “Eles só fazem a conta de ida e não a de volta. Há um retorno de metade do valor, pois esse aumento acaba indo para o consumo”, argumentou.
Neto também descartou uma pressão contrária ao aumento pela classe média, que poderia alegar dificuldade para acompanhar os aumentos concedidos a trabalhadores domésticos. “Todas as categorias profissionais tiveram aumento real de salário: metalúrgico, comerciário, bancário…”, citou.
Fonte: publicado por Célia Froufe, no site da Agência Estado
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