Principais credores rejeitam recuperação da empresa que entra em rota de falência
São Paulo, 8 de dezembro de 2010 – Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação) pede à Justiça a liberação dos mais de 3 milhões de reais a que os ex-funcionários da empresa Consoft Consultoria de Sistemas têm direito. A empresa está a caminho da falência, pois seu processo de recuperação judicial não foi aceito pelos credores. A decretação da falência deverá acelerar o pagamento das indenizações trabalhistas, segundo avaliação do departamento jurídico do Sindpd.
A Consoft, prestadora de serviços de tecnologia da informação, está em processo de recuperação judicial desde o ano passado e tem 6,2 milhões de reais bloqueados pela justiça, além de 5,1 milhões a receber de clientes a quem prestava serviços. Entre eles Prodesp, Prodam, Telefônica, Vivo, Petrobras, Telesp e Anatel.
Neste processo, o Sindpd representa 581 funcionários da Consoft demitidos sem receber salários e verbas rescisórias. De acordo com a Lei de Recuperação Judicial e de Falências, o pagamento destes trabalhadores é prioritário, pois o crédito trabalhista, devido a sua natureza alimentar, tem preferência em relação aos demais.
José Eduardo Furlanetto, advogado do Sindpd, adverte que outros credores da Consoft querem ignorar a lei e se apropriar do dinheiro “o Banco do Brasil, numa atitude que pode ser classificada de fraudulenta, simplesmente abocanhou 6,2 milhões de reais sob o argumento de que estaria quitando a dívida que a Consoft tinha para com ele, antes mesmo de qualquer sentença judicial. O sindicato já encaminhou petição para que o dinheiro seja devolvido.”
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