São Paulo, 4 de fevereiro de 2011 – A segunda rodada de debates sobre o aumento do Salário Mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda termina sem acordo entre o governo e as Centrais Sindicais. O presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores de Brasil) e do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação), Antonio Neto, considera lamentável que o governo esteja sendo tão inflexível com o aumento para o Salário Mínimo, mesmo que o mecanismo seja fundamental para combater a pobreza e distribuir renda. “A equipe econômica do governo está obcecada pelo corte de gastos. Parece que o vírus da oposição se instalou por lá. O pior é que esta vontade incontrolável por cortar o orçamento só está atingindo o dinheiro que poderia ser destinado à população mais pobre, porque os banqueiros e os especuladores estrangeiros continuam sorrindo e recebendo boas notícias, como o aumento de juros já no início do governo”, disse Neto.
A reunião foi realizada em São Paulo/SP, no escritório da Presidência da República, e durou quase três horas. Participaram do debate, representantes das seis Centrais (CGTB, UGT, Força, CUT, CTB e Nova Central), os ministros Guido Mantega da Fazenda, Carlos Lupi, do Trabalho, e o secretário geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Além do reajuste do Salário Mínimo para R$ 580, as Centrais propõem a correção da tabela do IR e aumento para os aposentados.
O governo articula reajuste de R$ 545 para o Mínimo e já demonstra sinais de que aceitará a correção da tabela do Imposto de Renda, pelo menos em 4,5% como nos últimos anos.
“Infelizmente, até o momento, as propostas do governo são insatisfatórias. Vamos continuar debatendo com o governo o quanto for preciso. Na nossa visão, o Salário Mínimo precisa continuar sua trajetória de valorização com aumento real. E a correção do Imposto de Renda é necessária para evitar que os rendimentos dos trabalhadores sejam corroídos pela Receita Federal,” afirma Neto.
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