São Paulo, 4 de fevereiro de 2011 – As Centrais Sindicais e o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, se reúnem amanhã (3/2) às 10h, no escritório da Presidência da República, na Av. Paulista em São Paulo. Será a segunda rodada de debates sobre aumento do Salário Mínimo e a correção da tabela do Imposto de Renda. O presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores de Brasil) e do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação), Antonio Neto, afirma que “não faz nenhum sentido logo no primeiro ano de governo da presidenta Dilma Rousseff não ter aumento real, interrompendo uma série de seis anos seguidos de recuperação do Salário Mínimo. Isso seria um retrocesso. O aumento do Mínimo estimula o crescimento de todos os outros salários. É a garantia da continuidade do crescimento econômico e, portanto, de mais empregos”.
Para Neto, “a conversa de que o aumento real do Mínimo vai pressionar a inflação é irrealidade. A pressão sobre a inflação brasileira vem de fora, é a especulativa. Não é à toa que o Banco Central está criando um índice para medir o impacto da especulação das commodities e não do aumento do Salário Mínimo. Congelar salários, cortar investimentos públicos e de custeio não vai resolver o problema. Pelo contrário, é uma receita que tende agravá-lo.
Na primeira reunião realizada no dia 26/01, as Centrais entregaram suas propostas para o ministro Gilberto Carvalho que se comprometeu a levá-las à presidente Dilma Rousseff para serem analisadas. Entre os assuntos abordados pelas Centrais está o reajuste do Salário Mínimo para R$ 580 e a correção da tabela do Imposto de Renda em 6,47%, índice da inflação de 2010 segundo o INPC/IBGE.
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