São Paulo, 14 de fevereiro de 2011 – Será realizada amanhã (15/02) às 15h, na Câmara dos Deputados em Brasília, uma Comissão Geral para aprofundar a discussão sobre o reajuste do salário mínimo. A sessão plenária especial foi convocada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), e contará com a participação do presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação), Antonio Neto.
Segundo Neto, essa Comissão Geral adquire importância por ser a última oportunidade de debater o aumento do salário mínimo antes de sua votação na quarta-feira (16/02). “É nosso dever abrir o olhos do governo e lembrá-lo que existe um compromisso de valorização do piso salarial do povo brasileiro, por isso lutamos por R$ 580. Sabemos que a presidente Dilma tem sensibilidade e quer conceder um aumento maior. Mas sabemos também que alguns membros do governo querem ajustar a política econômica embasados em conceitos equivocados. Não podemos aplicar um receituário retrógrado, de juros altos, corte orçamentário e arrocho, que já levou o mundo e o país para o abismo. Por este motivo, temos que refletir sobre o rumo do país. Precisamos aprofundar o debate de 2008, quando vencemos a crise,” afirma.
O presidente da CGTB ressalta que as centrais apóiam o governo e querem dar base política para o enfrentamento de problemas que estão infelicitando o nosso povo. “Não é justo pagarmos bilhões por ano para manter as reservas internacionais, gastar mais de R$ 17 bilhões com juros num mês e cortar 50 bilhões do Orçamento e na outra ponta arrochar o salário do povo. Estamos diante de uma escolha política: mais dinheiro para o povo ou para os banqueiros”.
Além de representantes das centrais sindicais, terão espaço para discursar um deputado indicado pela oposição, um representante da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e outro da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). O ministro da Fazenda, Guido Mantega, participará defendendo a proposta do governo.
Os dirigentes das seis centrais estão convocando pessoas de todo o país para uma grande manifestação, na terça (15/02) e na quarta (16/02), em Brasília, para acompanhar os debates e pressionar os deputados pela aprovação do mínimo de R$ 580.
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