Profissionais de TI (Tecnologia da Informação) devem se reunir, em assembleia, dia 12/03, às 10h, para votarem pela paralisação das atividades. A categoria está insatisfeita com o andamento das negociações da campanha salarial deste ano – cuja data-base é em 1º de janeiro.
A reunião entre sindicato e empresários, que deveria acontecer ontem, foi cancelada pela classe patronal – que mantém a proposta de 6,47% de aumento salarial, enquanto que os trabalhadores reivindicam 11,9% de reajuste (somando aumento real e reposição da inflação).
“Os empresários do setor precisam entender que nós não estamos tratando aqui de uma plantação de alface. Nós não estamos analisando uma planilha de custos. Nós não estamos fazendo um jogo de queda de braço. Nós estamos falando da vida de pessoas, de seres humanos, de mães e pais de família que lutam todos os dias para levar o pão para os seus filhos. Queremos respeito”, afirma o presidente do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadoresde Tecnologia da Informação), Antonio Neto.
Segundo ele, a partir de segunda-feira, a entidade sindical vai começar a mobilizar os profissionais por meio de carros de som e panfletos. “Se tudo der certo, na sexta-feira de Carnaval vamos colocar nas ruas do Estado de São Paulo o bloco carnavalesco ‘Apagão de TI”. É uma forma de protestarmos contra essa palhaçada”, enfatiza o presidente do Sindpd.
Apesar do entrave em firmar acordo, Neto reafirma que está aberto para conversar com o empresariado, mas que não admite mais o que ele chamou de falta de respeito. “No mínimo, precisamos negociar as cláusulas reivindicadas. Um acordo benfeito não pode ser imposto por uma das partes.”
REIVINDICAÇÕES – A categoria, que aguarda desfecho das negociações, reivindica, além do aumento salarial, o direito a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para todos os trabalhadores, auxílio-refeição de R$ 15 por dia e ampliação de pisos.
A decisão atinge cerca de 90 mil profissionais no Estado de São Paulo, nas mais de 7.800 empresas, que concentram quase metade da categoria no Brasil.
Desse montante, o Grande ABC corresponde a 15%, aproximadamente, o que representa 13,5 mil profissionais.
fonte: por Tauana Marin do Diário do Grande ABC
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