Cerca de mil profissionais compareceram ao Sindpd para tomar a decisão
São Paulo, 14 de março de 2011 – Em assembleia realizada no sábado (12) pelo Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação do estado de São Paulo), os profissionais da categoria decidiram entrar em estado de greve. “Essa é mais uma demonstração de que a categoria está organizada, unida e pronta para a paralisação. O sindicato patronal precisa entender que os trabalhadores sabem exatamente o que querem. Nós estamos prontos para paralisar empresa por empresa. Vamos enfrentá-los em suas casas”, afirma Antonio Neto, presidente do Sindpd.
De acordo com exigência da lei de greve, o sindicato publica amanhã (15) um anúncio em jornal de grande circulação para informar as empresas envolvidas com os serviços de TI. Após 72h desta publicação, os trabalhadores podem dar início às paralisações, que podem ser pontuais ou generalizadas. “Os empresários que estão dificultando a negociação precisam tomar cuidado porque as suas companhias serão as primeiras a serem atingidas. Esse é um compromisso do Sindpd”, reitera Neto.
O sindicato também colocou em votação o ingresso de dissídio coletivo na Justiça do Trabalho que foi aprovado por unanimidade pelos trabalhadores. A lei garante a aceleração do julgamento das categorias que estão em estado de greve e proíbe a demissão injustificada de funcionários durante as paralisações. Videos da assembléia com as decisões dos trabalhadores podem ser acessados no site do Sindpd.
A negociação salarial dos trabalhadores de TI foi interrompida em janeiro depois de quatro rodadas de debates entre o sindicato patronal e o Sindpd. As principais reivindicações dos trabalhadores são 11,9% de aumento salarial linear, desenvolvimento de plano de Participação em Lucros e Resultados (PLR), auxílio-refeição de 15 reais por dia e ampliação de pisos. O sindicato patronal oferece reajuste salarial de 6,47%, índice que apenas repõe a inflação, e refuta todas as outras solicitações. “As empresas tem condições de ofertar e pagar mais. Não estamos vendo alternativa, para aceitar apenas a reposição da inflação é melhor lutar nos tribunais. Nós não nos dobraremos a essa injustiça”, completa Neto.
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