Sindpd interrompeu as discussões em janeiro após o patronal oferecer aumento que apenas repõe a inflação
São Paulo, 23 de fevereiro de 2011 – Após mobilizar os trabalhadores de TI em empresas de todo estado de São Paulo, o Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação) recebe solicitação do sindicato patronal para a reabertura das negociações. Uma nova rodada de debates foi marcada para sexta-feira (25/02) às 14h30.
Antes da interrupção, os empresários ofereciam 6,47% de aumento linear, índice que apenas repõe a inflação do período, e refutavam todas as outras reivindicações dos trabalhadores como auxílio-refeição e Participação em Lucros e Resultados. “Nunca nos negamos a negociar. Contudo, a conversa caminha até o momento em que o patronato está disposto a negociar algo que atenda as reivindicações dos trabalhadores, especialmente quando o setor obteve lucros estratosféricos, como no ano passado. Vamos à mesa de negociação com a força e a unidade demonstrada pela categoria. Todos sabem que os trabalhadores estão decepcionados com a postura dos empresários, e o nosso posicionamento irá refletir esta indignação e disposição de conquistar o que é nosso por direito”, diz Antonio Neto, presidente do Sindpd.
Dentre as ações realizadas para mobilizar a categoria, o Sindpd fez uma manifestação em frente ao sindicato patronal com a adesão de quase 500 pessoas ao movimento. A manifestação aconteceu no mesmo momento em que os empresários se reuniam em assembléia para definir um posicionamento diante das reivindicações dos trabalhadores e um possível dissídio coletivo.
Em discurso no local, Antonio Neto, sinalizou com uma paralisação em todo o estado de São Paulo. “Sem acordo adequado aos trabalhadores, que seja coerente com o faturamento das empresas do setor, faremos o primeiro apagão da tecnologia do estado de São Paulo e do Brasil. O patronal precisa saber que estamos caminhando rumo à paralisação”, enfatizou Neto.
Outra estratégia do Sindpd foi manter a categoria informada sobre o andamento da negociação. Foram distribuídos, nas principais empresas do setor, cerca de 50 mil panfletos com informações sobre o impasse do debate com o sindicato patronal, o desempenho econômico positivo do segmento e a atualização das reivindicações. Com o mesmo objetivo foi feito um comunicado oficial, veiculado numa rádio de grande audiência e por 9 carros de som que transitaram pela capital paulista e em algumas cidades do interior. “Estamos juntos e organizados. Faremos o que for necessário para conquistar nossas justas reivindicações,” completa Neto.
O Sindpd reivindica 11,9% de aumento salarial linear, plano de Participação em Lucros e Resultados (PLR), auxílio-refeição de R$ 15 por dia e ampliação de pisos.
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