Trabalhadores do setor se reúnem em assembleia no dia 12 para deliberar sobre greve
São Paulo, 1 de março de 2011 – Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação) marca assembléia para o dia 12 de março para determinar se a categoria entra em greve e se ingressa com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho. A decisão aconteceu na última sexta-feira (25/02), após o sindicato patronal cancelar uma nova rodada que reiniciaria as negociações, interrompidas desde janeiro.
O presidente do Sindpd, Antonio Neto, considera que diante da postura do sindicato patronal, greve e dissídio são os caminhos a serem tomados. “Os empresários do setor precisam entender que nós não estamos tratando de uma plantação de alface. Nós não estamos analisando uma planilha de custos. Não estamos fazendo um jogo de queda de braço. Nós estamos falando da vida de pessoas, de seres humanos, de mães e pais de família que lutam todos os dias para sustentar seus filhos. Queremos respeito!” Afirmou Neto, num comunicado à categoria.
O sindicato está tomando as medidas necessárias e cumprindo todas as formalidades legais para evitar que o movimento seja prejudicado. “Existe a lei de greve que nos impõe uma série de trâmites e nós estamos seguindo todas as regras para que a nossa luta seja vitoriosa no aspecto político, econômico e jurídico”, ressalta Neto.
As principais reivindicações dos trabalhadores são 11,9% de aumento salarial linear, desenvolvimento de plano de Participação em Lucros e Resultados (PLR), auxílio-refeição de 15 reais por dia e ampliação de pisos. O sindicato patronal oferece aumento salarial de 6,47%, índice que apenas repõe a inflação, e refuta todas as outras solicitações.
Desde 31/01 quando as negociações foram suspensas, o Sindpd realiza manifestações e os trabalhadores se mobilizam em todo o estado. A categoria está bem informada e sabe que o desempenho econômico do setor foi o melhor dos últimos anos. As reivindicações são conseqüências do cenário econômico da tecnologia da informação.
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