São Paulo, 20 de Julho de 2011 – O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central divulga ainda hoje (20/07) a nova taxa básica de juros do país (Selic). As previsões de analistas econômicos e do governo indicam aumento de 0,25% fechando o índice em 12,25%.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores de TI (Sindpd) da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, considera a elevação desfavorável para os trabalhadores e o setor produtivo do Brasil. “Se o aumento se concretizar será o quinto seguido, uma forte sequência de alta em juros que já são altos. Um país como o Brasil que está entre as 10 maiores economias do mundo não pode ficar refém de um mecanismo tão prejudicial ao crédito e a produção para realizar o controle da inflação. Precisamos de outras alternativas”, analisa Neto.
Segundo Neto, entre as opções para diversificar as ações de controle à inflação o governo pode investir na industrialização nacional e no beneficiamento das commodities, aumentar o compulsório dos bancos, regular as tarifas públicas e regular a ação das tradings na agricultura.
O Brasil tem uma das maiores taxas de juros do mundo, o que causa a entrada de capital especulativo e super valoriza a moeda nacional. “Para comparar com outras despesas públicas importantes, os R$ 230 bilhões de juros equivalem a quase seis vezes ao que se gasta com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e aproximadamente 15 vezes o que governo federal destina ao Bolsa Família”, avalia Neto.
NULL