São Paulo, 29 de agosto de 2011 – A empresa Rexsel que começa, na próxima segunda-feira (29/08), a prestar serviços de digitação de multas no Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER) não pode mais alegar que seus funcionários pertencem à base do sindicato dos prestadores de serviços terceirizados (Sindeepres). Isto porque o próprio Sindeepres reconheceu que o trabalhado de digitação realizado no DER é da abrangência do Sindicato dos Trabalhadores de TI (Sindpd).
Desta forma, a Rexsel será obrigada a manter o mesmo patamar de salários e benefícios aplicados aos trabalhadores da categoria de TI. A companhia vinha manifestando a intenção de oferecer benefícios inferiores, como vale transporte e vale refeição, e pagar 600 reais aos funcionários, quando o piso da função é de 894 reais.
Diante das possíveis irregularidades e da denúncia do Sindpd, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) convidou representantes do sindicato, do DER, da Rexsel e da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) – empresa responsável pelo DER – para uma reunião onde seriam discutidas formas para manter a prestação de serviço dentro da lei e assim garantir os direitos dos trabalhadores. Porém, só os representantes do Sindpd e do MTE estiveram presentes.
Para o vice-presidente do Sindpd, João Antonio, a ausência da direção da Prodesp na reunião confirma a falta de compromisso da empresa com os trabalhadores. “A Prodesp foge de sua responsabilidade e age como se desconhecesse que o valor apresentado pela Rexsel na licitação não será suficiente nem para pagar o piso salarial dos digitadores”, afirma João Antonio.
O reconhecimento dos digitadores como pertencentes à categoria de TI será oficializado em acordo entre o Sindpd e o Sindeepres e será assinado pelos seus respectivos presidentes, Antonio Neto e Genival Beserra Leite. Uma nova reunião foi agendada para o dia 31/08.
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