São Paulo, 31 de agosto de 2011 – A situação do trabalho terceirizado de digitação de multas no Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER) está sendo acompanhada de perto pelo Sindpd. A empresa Rexsel, vencedora da licitação para prestar o serviço, apresentou valor tão baixo que não paga nem o piso dos funcionários. Ao observar a irregularidade, o sindicato fez denúncia ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e na manhã de hoje, 31 de agosto, foi realizada a segunda reunião para tentar solucionar o impasse.
Durante o encontro, realizado na Superintendência Regional do MTE, o sindicato dos prestadores de serviços terceirizados (Sindeepres) reiterou que o trabalhado de digitação realizado no DER é da abrangência do Sindpd. E portanto, os funcionários devem receber salários e benefícios condizentes com a categoria de TI.
A empresa Rexsel afirmou que diante dos valores do contrato assinado com a Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) – empresa responsável pelo DER – não será possível pagar o que é de direito aos trabalhadores. E solicitou alguns dias para negociar a revisão do contrato com a Prodesp.
O vice-presidente do Sindpd, João Antonio, reafirmou na reunião que “a Rexsel precisa se adequar e pagar os salários corretos aos trabalhadores. Se isso não ocorrer a Prodesp deve cancelar o contrato e realizar uma contratação emergencial enquanto prepara uma nova licitação para o DER”.
A política de terceirização da Prodesp tem histórico de muitas irregularidades. “A conduta da Prodesp é condenável, a empresa tem mais de mil processos trabalhistas. Não há nenhum compromisso com os trabalhadores e com Convenção Coletiva que garante os diretos da categoria”, analisa João Antonio.
O prazo de seis dias foi concedido para que a Prodesp e a Rexsel se manifestem formalmente sobre os direitos dos digitadores, portanto no próximo dia 6 de setembro haverá um novo encontro para definir a situação dos trabalhadores.
NULL