Diante da dificuldade em fechar as negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2011/2012, os trabalhadores da Dataprev decidiram deflagrar, nesta quarta-feira (19/10), greve de 48 horas. A adesão ao movimento foi de 80% em São Paulo/SP. Orientados pelos diretores do Sindicato dos Trabalhadores de Tecnologia da Informação (Sindpd), muitos funcionários nem chegaram a comparecer ao local de trabalho. Durante a paralisação, apenas os serviços de contingência mínima obrigatórios estão sendo mantidos.
As reivindicações dos trabalhadores são: reajuste salarial de 6,51%; auxílio alimentação de R$ 25,08; adicional de atividade (dependendo da função do trabalhador); bonificação salarial por antiguidade; quatro cartelas extras do auxílio alimentação (com valor já reajustado a ser pago de uma única vez); e manutenção integral do atual ACT. ?Já ocorreram 12 rodadas de debates, estamos desde maio com a negociação emperrada, não havia outro caminho senão esta paralisação de 48 horas. Passado esse período será feita uma nova tentativa de negociação e caso não se chegue a um acordo iremos parar novamente. Mas desta vez por tempo indeterminado?, destaca o vice presidente do Sindpd, João Antonio Nunes.
Na última assembleia anterior a greve, realizada nesta terça-feira (18/10), no Rio de Janeiro, a Dataprev voltou a apresentar proposta que fica abaixo da expectativa dos trabalhadores, deixando de fora o adicional de atividade e a gratificação por antiguidade. Além disso, houve discordância no valor da cartela extra do vale alimentação e na indexação do reembolso escolar.
A Dataprev tem mais de 3 mil funcionários e está presente em todos os estados do Brasil. A empresa presta serviço para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e para várias instituições públicas como Receita Federal, Ministério da Previdência Social, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MP).
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