Cerca de 100 dirigentes representando mais de 70 entidades sindicais se reuniram, na manhã de hoje (1 de novembro) no hotel Matiz em Guarulhos/SP, para definir as novas diretrizes da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB).
O encontro, que contou com a participação de sindicalistas de todo o Brasil, ocorreu após o conhecimento da liminar, concedida pelo desembargador Fernando Melo Bueno Filho, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que recolocou Antonio Neto na presidência da Central e suspendeu a realização de novo congresso da entidade convocado por militantes do ex-MR8 (atual Partido Pátria Livre), para o próximo dia 4 de novembro, na sede de um sindicato filiado à CUT, em São Paulo.
Durante a reunião, o presidente da CGTB, Antonio Neto, reiterou que, apesar dos ataques incessantes dos representantes do ex-MR8, a entidade continua forte, unida e organizada. ?Mesmo com esse conflito motivado por um grupo que quer aparelhar politicamente a CGTB nós continuamos trabalhando intensamente em defesa da classe operária, tanto que nos últimos meses filiamos mais de 40 sindicatos e estivemos presentes em eventos políticos em todo o país, sempre empunhando as bandeiras trabalhistas e sindicais. Manteremos a luta para que nossa central seja representativa, formada por sindicalistas comprometidos com o trabalhador e não interesses partidários?, afirma.
Segue abaixo, o manifesto elaborado para sintetizar o sentimento e os ideais dos participantes que defendem uma CGTB democrática e compromissada com os trabalhadores brasileiros.
Central, Geral, é dos Trabalhadores do Brasil!
Tendo em vista a liminar concedida pelo Desembargador Fernando Melo Bueno Filho, do Tribunal de Justiça de São Paulo, que suspendeu os efeitos das decisões do juiz da 33ª Vara Civil, até o julgamento dos recursos impetrados pelo presidente da CGTB, Antonio Neto, as Federações e Sindicatos filiados à CGTB esclarecem o que segue:
1- Nos dias 7 e 8 de julho, de forma legal, legítima e dentro das normas estatutárias, fatos que serão comprovados no processo em curso, a CGTB realizou o seu VI Congresso no Anhembi e sacramentou a tese de que a central é democrática, combativa e com espaço para os dirigentes sindicais;
2- Após este grandioso e representativo evento, que contou com mais de 62% dos sindicatos filiados, uma batalha notarial se estabeleceu porque um grupo dissidente, formado por militantes partidários sem respaldo sindical, se insurgiu;
3- Inconformados com o registro da ata do legítimo Congresso, propuseram ação anulatória para suspender os efeitos da sua averbação. Utilizando-se de mentiras e outras artimanhas, o grupo partidário tentou pavimentar o caminho para a realização de um novo Congresso, abrindo mão definitivamente de seu encontro eivado de ilegalidades que ocorreu no Moinho Santo Antônio, e reconhecendo todas as deliberações da reunião da Direção Nacional realizada no dia 1º de julho, que anteriormente eles haviam agressivamente e mentirosamente classificado de reunião fraudada, antidemocrática e ilegal;
4- Lutamos pela construção de uma entidade plural, sindical e livre do aparelhismo. É chegada a hora de a CGTB crescer e fortalecer as suas bases nacionalistas. Jamais venderemos nossos princípios em defesa da unicidade sindical, da sustentação da estrutura sindical e da unidade das centrais por um Brasil mais justo e igualitário;
5- Seguiremos em frente para consolidar a decisão dos sindicatos que realizaram o Congresso no Anhembi, cujo objetivo é o de livrar a central do aparelhismo, transformando-a numa entidade plural, democrática e comprometida com os interesses da maioria; A CGTB não pertence a partido nenhum. Vamos seguir nossa luta, pois a CGTB está onde os sindicatos estão.
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