Na terça-feira, 22 de novembro, o presidente do Sindpd, Antonio Neto, assinou um documento que demonstra o total apoio do sindicato ao programa de inclusão de pessoas com deficiência auditiva no mercado de trabalho de Tecnologia da Informação. O projeto é uma iniciativa da Divisão de Educação e Reabilitação dos Distúrbios da Comunicação (Derdic) da PUC/SP e da Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), e já auxiliou mais de 50 pessoas em um ano de funcionamento.
O acordo busca criar condições para que as empresas cumpram a Lei de Cotas em etapas. As empresas que aderirem ao acordo terão os prazos de adequação à Lei prorrogados e se comprometem a desenvolver uma série de ações para qualificar e inserir estes profissionais no mercado de trabalho. Entre as medidas estão campanhas de combate a discriminação; incentivo a integração dos profissionais deficientes com os outros profissionais da companhia; promoção de programas de capacitação profissional dentro da empresa; dentre outras ações.
O encontro, realizado na sede da Derdic, situada na Rua Dra. Neyde Apparecida Sollitto, 435, em São Paulo, contou com a participação de figuras importantes no processo de criação e planejamento do programa,dentre eles estão: José Roberto de Melo, superintendente regional do Ministério do Trabalho e Emprego; José Carlos do Carmo, coordenador estadual dos Portadores de Necessidades Especiais (PCD´S); Antonio Gil, presidente da Brasscom; Sergio Sgobi, diretor de educação e capacitação da Brasscom; e Alfredo Tabith Jr, diretor geral da Derdic.
Para o presidente do Sindpd, a capacitação e inclusão de pessoas com deficiências é um dever das empresas, do governo e de entidades que representam o trabalhadores. “A categoria de TI já tem um histórico de inclusão de profissionais deficientes. Durante muitos anos a desculpa das empresas foi a falta de mão de obra qualificada, mas agora com este programa de capacitação e inclusão esta desculpa não existe mais. O Sindpd estará de portas abertas a estes novos profissionais e brigará por seus direitos assim como já faz com todos trabalhador de TI”, analisa Antonio Neto.
Na opinião de José Roberto de Melo, as características destes profissionais serão extremamente úteis dentro das empresas. “Eles são comprometidos, competentes e capacitados para desempenhar as funções dentro das companhias. Fazer a inclusão destes trabalhadores no mercado de trabalho de TI é um beneficio para todos: para o profissional, para a empresa e para a sociedade, pois é mais um passo para extinguirmos os preconceitos que ainda existem”, explica.
Segundo presidente da Brasscom a indústria de TI no Brasil irá crescer de uma maneira exorbitante nos próximos anos, sendo que a previsão é que se torne a 4º maior do mundo em 2020. Portanto, para ele, esta nova safra de mão de obra será muito bem vinda dentro das empresas. “Os profissionais deficientes serão parte deste crescimento. Não tenho dúvida que com o treinamento correto, eles podem apresentar um desempenho compatível com o de qualquer trabalhador”, enfatiza Antonio Gil.
Dentre as ações de inclusão promovidas pelo Sindpd também destaca-se a parceria com o Centro de Apoio ao Deficiente Visual (Cadevi) que viabiliza a capacitação profissional de deficientes visuais em softwares com acessibilidade como Microsoft Word, Dosvox, Visual Vision, sistema operacional Windows, além de ferramentas da Internet. “É gratificante poder contribuir com nossa estrutura para ajudar as pessoas a exercerem seu papel de cidadão e viver da forma mais natural possível”, afirma Neto.
Veja o documento do acordo na íntegra
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