O presidente do Sindpd, Antonio Neto, classifica o saldo da rodada como positivo, mas acredita que os empresários tem condições de pagar mais aos funcionários e conceder melhores benefícios. ?O mercado de TI está muito aquecido, segundo o IDC, o crescimento no ano passado foi de 13%. A previsão é que continue assim pelo menos nos próximos 3 anos. Nada mais justo do que dividir um pouco dos lucros com os maiores responsáveis pelo resultado das companhias, os trabalhadores", avaliou Antonio Neto.
O impasse em relação à PLR e ao Vale Refeição gira em torno, principalmente, da restrição imposta pelo sindicato patronal de aplicar os benefícios apenas nas empresas com mais de 300 funcionários. Para o presidente do sindicato dos trabalhadores essa exigência é incoerente. "Num universo de quase 8 mil empresas de TI no estado de São Paulo, apenas 65 tem mais de 300 funcionários, não podemos aceitar essa condição", frisa Neto.
Outro fator destacado pelos representantes dos trabalhadores foi o incentivo tributário do governo federal concedido às empresas do segmento, por meio do plano Brasil Maior. ?A desoneração da folha de pagamento, representa uma economia de 3,5 a 11,5% para as companhias de TI. Por isso acreditamos que elas têm condições de melhorar os benefícios, em especial ao Vale Refeição e PLR, creio que precisamos negociar mais para consolidarmos esses direitos", afirma Neto.
A primeira rodada de negociação aconteceu nesta quarta-feira (12), às 15h, na sede do Seprosp. A segunda rodada está marcada para o dia 16 de janeiro às 16h, no mesmo local. O Sindpd disponibiliza o vídeo das mesas de negociação em seu site.
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