Veja o hot site da exposição.
Confira o discurso do Neto na íntegra:
Meus amigos,
companheiros de jornada.
Irmãos de trincheira e combate.
Mais uma vez venho ao Rio de Janeiro.
Cidade maravilhosa! Não só por suas belezas naturais, por seu povo acolhedor, mas por emanar de suas ruas uma história de lutas e batalhas pela democracia, liberdade e pela construção de um Brasil mais justo e igualitário.
Venho aqui hoje não apenas para organizar a luta, como muitas vezes o fizemos, mas para receber esta honrosa e inestimável homenagem.
Homenagem esta que me enche de orgulho por proporcionar também o prazer de rever e encontrar amigos tão queridos, personalidades ilustres, e, especialmente, por ter sido proposta pelo vereador Leonel Brizola Neto, jovem companheiro, que como o seu irmão, ministro Brizola Neto, já é dono de uma bagagem fenomenal de serviços prestados ao Brasil e ao povo brasileiro.
E me refiro distintamente à trajetória de luta de ambos. Se acrescentarmos a história de luta familiar, de seus antepassados, não teria adjetivos suficientes para descrever.
É difícil falar da importância de figuras como vosso avô, o grande líder revolucionário e combatente Leonel Brizola, e vosso tio, João Goulart, têm na história de nosso povo, especialmente na minha, que sou um dos seus eternos admiradores.
Brizola e Jango foram formados em terras do Sul. Carregaram consigo toda a garra e nacionalismo dos gaúchos.
Talvez o presidente Getúlio Vargas tenha definido muito bem o significado do gaúcho na história do país.
Dizia ele que "foi o amor à liberdade que suscitou as legiões farroupilhas".
"Foi para sustentar essa liberdade, cuja supressão quebraria os elos da unidade nacional, que o Rio Grande chamou a rebate o Brasil inteiro, em 1930".
"Guarda fiel dessa unidade, que é testemunho maior da nossa grandeza, o gaúcho não poderia refugir aos seus compromissos, nem procrastiná-los, sem faltar ao primacial dever que sempre lhe dirigiu as ações".
Estas palavras refletem bem a cepa que forjou os combatentes e militantes trabalhistas. Porque nenhuma palavra é superior aos atos.
E é com os atos – e não com palavras – que se faz a história.
Por este motivo a história de Brizola, de Jango e de seus correligionários nunca será maculada.
Vereador:
muito obrigado por esta honra e parabéns pela vossa luta!
Meus amigos,
Antes de prosseguir, gostaria de fazer alguns agradecimentos especiais. À minha esposa, Rosa Maria, companheira inseparável e amorosa. A meus filhos, Marisa, Fernando e César Augusto e ao meu netinho Fernando, que acabou de completar um aninho de vida.
Gostaria também de dedicar esta medalha a duas pessoas fundamentais na vida.
Meu pai, Guarino Fernandes dos Santos, líder ferroviário e trabalhista destemido, e ao meu irmão Carlos Alberto, que deixou em minha vida uma saudade imensa pelo carinho e companheirismo que sempre dedicou a mim.
Muito obrigado meu pai, muito obrigado meu irmão.
Vosso amor e exemplos pavimentaram o meu caminho e meus atos.
Podem estar certos de que jamais abandonarei meus ideais.
Sim, enquanto houver neste mundo um ser humano passando fome;
Enquanto houver neste país um filho de trabalhador sem acesso ao ensino fundamental e universitário;
Enquanto houver ameaça a nossas riquezas naturais;
Enquanto houver a mínima exploração do homem sobre o homem ou qualquer pigmento de espoliação estrangeira;
Nós seguiremos em combate.
Lutaremos até o último suspiro
Companheiros,
todos aqui sabem que o último ano foi bastante intenso para nós.
Passamos por um processo político traumático, que culminou numa série de ataques a nossa honra.
Conspiraram, mentiram, acusaram, fizeram o inimaginável.
Mas transformamos toda a ingratidão em trabalho.
Desmontamos todas as mentiras e crescemos.
Isso é natural, assim segue a vida.
Como diz o poeta argentino Francisco Luiz Bernárdez:
"O que a árvore ostenta de florido, vive do que ela oculta sepultado".
Raízes, meus amigos, e ao longo de nossa vida tivemos uma conduta, uma militância e uma história que fortaleceu nossas raízes e nos garantiu, graças a Deus, a coragem de seguir em frente e a força de nunca desistir da luta.
Neste ponto quero render uma homenagem a todas as lideranças que nos ajudam a construir a CSP, esta central que em poucos meses alcançou um crescimento vertiginoso.
Creio que nenhuma central conseguiu reunir, em tão pouco tempo, tantos dirigentes sindicais irmanados por um ideal.
Em menos de seis meses atingimos 330 sindicatos e 17 federações.
Colocamos a meta de filiar 300 sindicatos até meados de 2012. Meta cumprida.
Seguimos agora para alcançarmos os 600 sindicatos até o final do ano e tenho certeza que vamos conseguir, porque quem fez o que já fizemos, quem enfrentou o que enfrentamos, quem luta como lutamos, consegue tudo.
Meu amigos, quero aproveitar este momento para fazer um agradecimento especial. Como vocês sabem, recentemente, nos dias 12 e 13 de junho, tivemos a honra de sermos reconduzidos, com 93% dos votos, para mais uma gestão à frente do Sindpd.
Além do reconhecimento da categoria, que já havia aprovado nossa gestão com 89% segundo pesquisa Datafolha, tivemos a honra de receber dezenas de declarações de apoio dos mais diversos setores da sociedade.
Agradeço publicamente o carinho destinado pelo vereador Leonel Brizola Neto, pelo seu apoio; ao companheiro Lula e ao ministro Dulci, que nos enviaram mensagens que muito nos honram. Aos presidentes das centrais sindicais co-irmãs da Força, CTB, UGT e Nova Central, a todos os dirigentes da CSP e aos parlamentares, prefeitos e vice-prefeitos que fizeram questão de registrar seu apoio a nossa chapa.
Muito obrigado!
Companheiros, as nossas conquistas mostram que não haverá pedra no caminho que possa impedir o nosso avanço.
Não temos medo de desafios.
Mas porque estamos nesta luta?
Estamos nesta luta para catalisar as forças progressistas da sociedade.
Estamos construindo uma nova alternativa para o movimento sindical porque queremos avançar.
Por termos claros os nossos princípios, podemos avançar conscientemente e propor algo novo, moderno, eficaz.
O Brasil hoje vive uma nova realidade.
Mesmo diante de todas as vacilações, mesmo diante de toda a disputa, podemos afirmar que nos impusemos e ajudamos a estruturar um novo e revolucionário projeto para o país, que resgatou a autoestima do povo, iniciou o processo de distribuição de renda e nos levou para um cenário ascendente de desenvolvimento econômico e social.
Isto não é obra de um partido. Isto não é obra de um homem. Isto não é obra do acaso, é resultado do amadurecimento da sociedade brasileira e, principalmente, da unidade de ação das forças progressistas do país, que conseguiram transformar os anseios do povo mais humilde em realizações.
Eu sempre faço uma analogia entre a situação atual com o que o país viveu após 1930.
Em minha opinião, ambos os períodos, a seu modo, foram revolucionários.
Porque acredito que mais do que construir os pilares que permitiram o Brasil crescer a uma média de 7% ao ano no período entre 1930 e 1980, Getúlio incutiu um novo paradigma na sociedade.
Este novo pensamento estava embasado na convicção de que o povo brasileiro deveria conquistar, efetivamente, a sua independência econômica e social.
O governo tinha consciência de que a condição de subserviência e o consequente subdesenvolvimento relegariam o Brasil a um perverso circulo de exclusão social.
Sem empurrar para segundo plano os programas, as instituições e o conjunto do legado de Getúlio, me arrisco a afirmar que o fator mais importante desta revolução estava concentrado na recuperação da autoestima do povo.
Anos de colonialismo e de um regime econômico praticamente feudal criaram uma elite vergonhosamente submetida aos interesses externos.
Criou-se um mito de que o Brasil não conseguiria, jamais, andar com suas próprias pernas.
Se o mundo parasse, o Brasil também pararia.
Uma tese semelhante à defendida em tempos modernos pelos descendentes bicudos de Dona Maria, a louca.
O conceito getulista era exatamente o oposto.
Ele estava amparado ideologicamente na premissa de que o Brasil deveria e poderia crescer e se desenvolver independentemente da dinâmica da economia mundial.
O povo brasileiro tinha que ser dono do seu próprio destino.
Para Getúlio, a economia brasileira não po
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