Segundo o especialista, as companhias exigem cada vez mais capacitação de seus profissionais, o que excede seu tempo de trabalho, acabando com os momentos destinados ao descanso e ao lazer. “O trabalhador, atualmente, está produzindo muito além do que a jornada e o seu trabalho físico proporcionavam antigamente pela empresa. Por isso, é justo que se reduza a jornada de trabalho e a complete com a qualificação”.
Com um déficit de mais de 30 mil profissionais especializados no setor atualmente, a discussão em torno da capacitação é recorrente. O investimento na qualificação do profissional de TI por parte das empresas vem sendo defendido ano a ano nas negociações salariais da categoria.
“Já vínhamos discutindo a necessidade do investimento na qualificação. Os cursos na área são caros, os mais procurados vão de R$10 mil a R$ 40 mil, o que leva os profissionais a desistirem. Agora, o Pochmann nos apresentou novos argumentos para continuar com essa reivindicação”, afirmou o presidente do Sindpd Antonio Neto.
“O profissional da área passa quase todo o tempo em que trabalha em frente ao computador, lidando com códigos e números, uma rotina extremamente cansativa. As 4 horas semanais a menos conquistadas com a redução são importantes para manter a saúde do trabalhador”, contou Neto. “Por isso, não é justo que ele utilize esse tempo em outras atividades da área. As empresas precisam absorver essa necessidade de qualificação na jornada de trabalho cumprida, afinal, elas também serão beneficiadas”, completou.
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