Para celebrar as conquistas e o importante papel da mulher no mercado de tecnologia da informação, o Sindpd realizou, no último sábado (22), apresentação exclusiva do espetáculo Palavra de Mulher às associadas e acompanhantes.
Em duas sessões esgotadas, as trabalhadoras puderam assistir à elogiada peça que dá vida às intensas personagens femininas delineadas em canções de Chico Buarque, agora interpretadas por Lucinha Lins, Tânia Alves e Virgínia Rosa.
Com 24 composições inesquecíveis, o espetáculo emocionou as diferentes gerações de trabalhadoras que compareceram ao Teatro Renaissance. Na ocasião, foram entregues rosas e brindes às associadas, que não deixaram de lembrar o real significado do evento. "Acredito que, por muito tempo, as mulheres não procuravam o setor de TI para trabalhar. Hoje, na faculdade e nas empresas, ficou mais fácil encontrar mulheres. Na empresa em que trabalho, elas representam 20% do total de funcionários; algumas, inclusive, ocupam cargos de chefia. Entretanto, a participação da mulher ainda é pequena, principalmente em áreas como a de suporte", disse Liliana Amarante Cândido, funcionária da empresa Capgemini.
A despeito da crescente participação feminina no mercado de trabalho, a desigualdade entre gêneros persiste e, de forma recorrente, apresenta-se nos salários e na falta de estímulos à atuação da mulher, questão que ganhou papel de destaque nas reivindicações do Sindpd.
De acordo com Michele Rodrigues dos Santos, trabalhadora da HP, ainda há muito a ser conquistado. "Falta incentivo do governo para termos mais mulheres trabalhando em áreas de tecnologia. Acredito que o Sindpd tem trabalhado muito em prol das mulheres e dos trabalhadores em geral", afirmou a associada.
Funcionária da Prodesp e associada ao Sindpd há oito anos, Antonia Roberta de Oliveira lembrou as importantes batalhas travadas pelo Sindicato em apoio à mulher. "O mercado está abrindo mais vagas para as mulheres e acredito que um dos fatores que contribuíram para isso são as ações do sindicato, que é muito atuante nas causas das mulheres. Principalmente na questão da licença maternidade de 180 dias que é fundamental", comentou a trabalhadora.
Apesar do clima de confraternização, a luta por uma sociedade justa e que privilegie a igualdade entre gêneros não foi esquecida. E, embora o Sindicato reserve o mês de março para celebrações em homenagem às mulheres, a busca por esta condição igualitária norteia o ano.
,,,,,,,,,,