Instalada no Supera está a Kidopi, empresa de desenvolvimento de softwares de alto valor agregado em inovação para o setor de saúde. Sob o comando de Mario Sergio Adolfi Junior, doutor em Ciências Médicas pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da USP, a empresa vem se destacando em seu ramo de atuação, tendo acabado de ser premiada pela Organização das Nações Unidas (ONU) pela criação de um dos melhores softwares voltados à saúde do ano. O CleverCare é uma ferramenta que ajuda a prover cuidado próximo e contínuo a pacientes fora do hospital.
Também com mais de 20 anos de atuação nesse mercado, o empresário Sergio Pontin Amâncio acrescenta que o mercado de 2015 se mostrou crescente, mas muito mais exigente, planejado e profissional. "A TI contribui para melhorar processos, reduzir custos, aumentar produtividade e criar diferencial de mercado. Sendo assim, o setor pode apresentar um bom crescimento em momento de crise", expõe Sergio, revelando que sua SVC Laser, especialista em planejamento, projetos, suporte técnico e manutenção, dobrou o faturamento nos últimos 36 meses.
Para a continuidade da expansão do setor é preciso investir na profissionalização. Segundo o analista sênior e professor Matheus Lara Calache, os órgãos especializados apontam que, até 2020, ocorrerá no Brasil uma falta de 750 mil profissionais para atuar no segmento. "A procura pelos cursos de formação e especialização na área tem se intensificado e isso deve acontecer cada vez mais. Os centros de formação devem se preparar para uma considerável alta de demanda", recomenda o especialista, que leciona disciplinas relacionadas à TI nos cursos oferecidos pela Faculdade Reges. Nesse sentido, Ribeirão Preto também apresenta inúmeras possibilidades, uma vez que concentra diversas universidades e centros universitários.
AFINAL, O QUE É TI?
Por se tratar de um termo bastante amplo, não é fácil definir o que é TI. Em linhas gerais, pode-se dizer que a sigla se refere ao conjunto de atividades e de soluções relacionadas ao universo da computação, seja para produção, armazenamento, transmissão, acesso, segurança e uso de informações. "Alguns autores preferem usar TI para definir aspectos técnicos e SI (ou Sistemas de Informação) para representar questões relativas ao fluxo de trabalho, pessoas e informações. Eu entendo tudo como uma única área, incluindo ainda telecomunicações, automações, recursos multimídia entra outras ferramentas que fornecem dado e informações capazes de auxiliar o gerenciamento de empresas, sem deixar de lado os recursos humanos", define Débora Pelicano Diniz, docente e coordenadora do Curso de Ciência da Computação do Centro de Universitário Barão de Mauá. Atualmente, uma outra sigla vem se tornando comum. A TIC, para representar a Tecnologia da Informação e da Comunicação, reforça o papel cada vez mais importante da comunicação nesse cenário.
A interatividade proporcionada pela TI já não é uma novidade. Porém, as tendências do setor sinalizam que esse movimento ainda tem muito a expandir. Uma das áreas que mais crescem no mercado e o "cloud computing", ou computação em nuvem. A expressa é utilizada desde 2008, mas os conceitos por trás de tal tecnologia são mais antigos. A tendência remete à noção de utilizar, em qualquer lugar do globo independente de plataformas, as mais variadas aplicações por meio da internet com a mesma facilidade de tê-las instalado em computadores locais.
"Se, até pouco tempos atrás, era necessário investir em servidores e outros equipamentos para atender as demandas do mercado corporativo, hoje há outros modelos de negócios que garantem o armazenamento de arquivos e de dados de forma segura com uma infraestrutura física mais enxuta", explica Thiago Carvalho, diretor comercial da Otimiza Software.
Nesses casos, o armazenamento ocorre ?na nuvem?. Dessa forma, o usuário transfere para o fornecedor do serviço a responsabilidade de desempenhar tarefas como desenvolvimento, armazenamento, manutenção, atualização, backup, escalonamento, entre outras, ganhando tempo e dinheiro para focar especialmente no seu negócio", complemente o especialista, distribuidor dos grandes fabricantes de softwares mundiais do Brasil, com sede em Ribeirão Preto.
Dentro desse cenário, o ?X as a Service?, ou XaaS, é um dos novos termos que vem se despontando. Ele representa três grandes áreas de TI que estão deixando de ser produtos para se transformarem em serviço: infraestrutura, Plataforma e Software. "O chamado SaaS, ou Software como Serviço, é o modelo de licenciamento e delivery que mais cresce atualmente.
Isso porque ele garante eficiência com investimento menor, em comparação aos modelos localizados no servidor, rede ou máquina próprios, através de uma assinatura mensal ou anual", esclarece Thiago.
Fonte: Revide
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