Nesta quinta-feira (13), Sindpd e o Seprosp se reuniram na sede do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região em uma audiência pré-processual para buscar tentar uma conciliação. A audiência foi solicitada pelos representantes patronais após a paralisação das negociações na primeira rodada.
Em sessão presidida pelo Desembargador Rafael Pugliei, o sindicato dos trabalhadores deixou claro que não irá se submeter a retirada de direitos da categoria e nem a tentativa de enfraquecer a estrutura sindical. O Presidente do Sindpd, Antonio Neto, condenou a orquestração das grandes corporações, liderada por um poderoso conglomerado de empresas, que visa subjugar a categoria.
“Muitas das maiores e mais predatórias empresas de TI não respeitam decisão judicial e não respeitam trabalhador. Fazem de tudo para tirar direitos e derrubar as conquistas da categoria, especialmente a PLR. Para começar, elas não querem pagar nada. Além disso, essa turma quer impor ao sindicato uma asfixia financeira para facilitar a sua ação predatória. Não vamos aceitar o jogo deles de levar a convenção coletiva para o Tribunal para depois eles recorrerem das deliberações. Já chamamos as empresas para negociar diretamente e vamos garantir aumento real para a nossa base. Estamos fechando acordos e muitas empresas estão nos procurando. “, exclamou Neto.
Ao lembrar que a intransigência por parte do patronal é comandada por esse grupo, Neto propôs como conciliação ao Seprosp, que os sindicatos negociassem a convenção coletiva, conforme a pauta aprovada pela categoria, para empresas com até 100 trabalhadores, o que representa mais de 90% da categoria.
“Já que vem delas (grandes empresas) essa intransigência, faço uma proposta. Assinar neste primeiro momento a Convenção Coletiva para as empresas com até 100 empregados com as nossas cláusulas que garantem aumento real e a manutenção das conquistas da nossa Convenção, garantindo assim a aplicação da nossa Convenção para a maioria das empresas da base”, sugeriu Neto.
Os representantes do Seprosp aceitaram levar a proposta para deliberação em assembleia patronal. O sindicato dos profissionais de TI seguirá firmando acordos coletivos diretamente com as empresas que assim desejarem.
Uma nova audiência já está agendada no dia 31 de março.
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