A transferência da sede da Prodam foi pauta de audiência pública na manhã da última quarta-feira (10) feita através de uma videoconferência envolvendo a Comissão de Finanças e Orçamento conjunta com a Comissão de Administração Pública. O alto investimento em paralelo ao momento que se enfrenta a pandemia foi a discussão central do debate.
A empresa hoje ocupa dois prédios, um localizado na Barra Funda e outro em Vila Clementino, e tem como proposta mudar-se para um prédio com mais de sete mil metros quadrados na rua Líbero Badaró, no centro de São Paulo. A intenção é juntar as unidades nesse único prédio que tem potencial para abrigar todo o quadro de funcionário.
O contrato foi negociado em novembro de 2019 e o plano era realizar a mudança este ano, que sofreu alterações por conta dos problemas provocados pelo novo coronavírus. Além disso o custo de R$ 32 milhões para concretizar a transferência tem sido objeto de questionamento entre os funcionários da empresa.
O vice-presidente do Sindpd, João Antônio Nunes e Silva, conferiu a reunião como representante dos funcionários da Prodam e se posicionou contra a transferência, além de sugerir a suspensão do processo. Segundo João Antônio, os trabalhadores da categoria representada pelo Sindpd têm buscado o sindicato para tratar os impactos da pandemia no que se refere a preservação dos empregos e dessa forma ele não encontra sentido de que qualquer outra coisa que não seja o trabalhador seja prioridade.
Para João Antônio, o investimento é muito alto e coloca em risco a manutenção da folha de pagamento, reajuste de salários e outras necessidades que a Prodam tem em relação aos trabalhadores.
O vice-presidente explanou ainda que a empresa teve uma resposta rápida a pandemia onde cerca de 90% dos trabalhadores estão em home office, trabalhando para atender toda a demanda da prefeitura. A expectativa é manter 30% dos funcionários atuando em casa e assim apenas devolver um ou dois andares, dependendo de uma conta mais precisa, no prédio da Barra Funda. Com essa afirmativa, João Antônio se posiciona mais uma vez contrário ao investimento.
NULL