Em reunião realizada nesta terça-feira (02) entre as comissões de negociações da Capgemini e do Sindpd, a multinacional francesa reconheceu que não possui amparo legal para descontar os 10% do Vale Refeição dos trabalhadores da empresa, mas afirmou que só pagaria o valor integral a partir de 2024. O Sindpd denuncia que o desconto dos funcionários nos últimos 5 anos dá uma diferença de quase R$2.700,00, sem juros.
“As empresas deverão fornecer auxílio refeição e/ou auxílio alimentação no VALOR MÍNIMO DE R$23,93 (vinte e três e noventa e três centavos) por dia, 22 (vinte e dois) dias por mês, quando houver”, diz a CCT, que não está sendo cumprida.
Na mesa de negociação, a empresa condicionou o avanço das negociações à retirada das ações que o Sindpd impetrou para a cobrança retroativa do valor descontado do VR e da multa pela não abertura de negociação de PLR para 2023.
“O Sindpd tem altivez para não ceder a esse tipo de pressão. Temos inúmeros temas na mesa, entre os quais o pagamento integral do VR e o fim das práticas antissindicais por parte da empresa. Queremos negociar um PLR decente, mas está claro que nossos direitos só serão respeitados com a mobilização e indignação dos trabalhadores”, avalia o diretor do Sindpd, Paulo César de Almeida.
No mês passado, o Sindpd-SP fez um protesto bem-humorado em frente à sede da Capgemini. ação chamou a atenção dos funcionários da gigante francesa, que conversaram com agentes do Comitê de Operações Especiais (C.O.E) do Sindpd-SP. “Bonjour Capgemini, uma empresa francesa que não está pagando adequadamente o vale-refeición de seus trabalhadores. Queria perguntar para Capgemini se en France, não paga a alimentación que está em la convención francesa”, provocou o célebre personagem francês, Asterix, na sede da Capgemini, em Alphaville (SP).
A empresa gosta de exibir o selo de “Great Place to Work” (ótimo lugar para se trabalhar), mas a realidade é bem diferente da propaganda. “Que ‘great place’ é esse que confisca 10% do que o trabalhador utiliza para se alimentar?”, disparou Paulo Cesar de Almeida, diretor-executivo do Sindpd-SP.
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