Data Centers – O presidente Lula autorizou o Ministério de Minas e Energia a elaborar um decreto-lei para garantir que grandes investimentos em processamento de dados e inteligência artificial sejam realizados.
A medida está prevista para sair até março e permitirá que estados como Ceará e Piauí atraiam empresas do setor, oferecendo energia renovável a preços competitivos. No entanto, para que os projetos avancem, será necessário um esforço de estrutura elétrica, garantindo estabilidade e transmissão da energia gerada por fontes solar e eólica.
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A iniciativa surge numa tentativa de rivalizar com os Estados Unidos, uma vez que Donald Trump anunciou um plano de US$ 20 bilhões para expandir data centers nos EUA, com o objetivo de atrair novos projetos dos maiores players globais do setor, com o ChatGPT, da OpenAI, e o Google Gemini.
O Brasil aposta em sua capacidade de gerar energia limpa e barata como um diferencial competitivo. No entanto, especialistas alertam que a infraestrutura atual ainda é um gargalo.
Apenas três equipamentos usados para estabilizar a rede consumiram R$ 600 milhões para garantir o fornecimento de 200 MW, enquanto um data center de grande porte pode demandar até 1 GW.
Atualmente, os data centers brasileiros consomem cerca de 15 GW, em um país cujo consumo total de energia chega a 88 GW.
Para viabilizar os investimentos, o governo federal deve exigir garantias dos estados e das empresas interessadas. O decreto-lei permitirá que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) condicione a oferta estável de energia a um termo de compromisso, assegurando que os data centers realmente sejam instalados no país.
Esse termo já existe para geradores de energia, mas, até então, não há exigência semelhante para grandes consumidores.
(Com informações de Folha de S. Paulo)
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