Cookies – O Brasil ocupa a primeira posição no ranking global de vazamento de cookies, segundo levantamento recente realizado pela NordVPN. De acordo com os dados, dos quase 94 bilhões de cookies vazados e identificados na dark web, mais de 7 bilhões pertencem a usuários brasileiros. Destes, aproximadamente 550 milhões ainda estariam ativos e vinculados a sessões reais.
Cookies são pequenos arquivos de texto armazenados pelos sites nos navegadores dos usuários. Servem para lembrar preferências, manter sessões ativas e personalizar experiências online.
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No entanto, quando obtidos por hackers, esses dados podem se transformar em ferramentas para fraudes e invasões de contas. Entre as informações vazadas estão nomes completos, endereços de e-mail, senhas, cidades e até endereços residenciais.
“Cookies podem parecer inofensivos, mas, nas mãos erradas, eles se tornam verdadeiras chaves digitais para nossas informações mais privadas”, alerta Adrianus Warmenhoven, especialista em cibersegurança da NordVPN.
O estudo mostra que o número de cookies vazados teve um crescimento expressivo nos últimos anos. Em 2024, eram 54 bilhões; agora, em 2025, o total ultrapassa os 94 bilhões, aumento de 74%. O Brasil aparece como líder desse ranking, seguido por Índia, Indonésia, Estados Unidos e Vietnã.
Entre as plataformas mais afetadas estão Google (4,5 bilhões de cookies), YouTube (1,33 bilhão), Microsoft (1,1 bilhão) e Bing (1 bilhão). No total, os pesquisadores identificaram 38 tipos diferentes de malware utilizados para o roubo dessas informações. O principal é o Redline, responsável por mais de 41,6 bilhões de vazamentos, seguido pelo Vidar (10 bilhões) e o LummaC2 (9 bilhões).
Embora muitas pessoas desconheçam os riscos, os cookies podem conter tokens de sessão que permitem o acesso direto a contas online, sem necessidade de login. Isso torna essencial o cuidado com sua segurança.
Para proteger seus dados, a NordVPN recomenda:
• Utilizar senhas fortes e diferentes para cada conta, além de ativar a autenticação multifator;
• Evitar clicar em links suspeitos e compartilhar informações pessoais;
• Manter dispositivos atualizados para evitar infecções por malware;
• Limpar regularmente os dados armazenados nos navegadores;
• Verificar as configurações de privacidade de suas contas online.
A pesquisa foi realizada entre 23 e 30 de abril em parceria com a NordStellar, plataforma de monitoramento de ameaças. Os dados foram coletados em canais do Telegram onde hackers anunciam pacotes de informações roubadas. O estudo analisou a origem dos cookies, os malwares envolvidos, os dados que continham e a situação de atividade ou inatividade dos arquivos.
A NordVPN ressalta que não comprou cookies nem acessou diretamente seus conteúdos, analisando apenas os metadados disponíveis.
(Com informações de TI Inside)
(Foto: Reprodução/Freepik)