Apesar de serem ilegais, os sites que utilizam inteligência artificial (IA) para criar imagens falsas de nudez a partir de fotos reais seguem operando e em franca expansão — inclusive com suporte técnico indireto de grandes empresas do setor de tecnologia.
Essas plataformas, conhecidas como “nudificadoras”, permitem gerar montagens pornográficas não autorizadas com o uso de IA. Um levantamento conduzido pelo site Indicator revelou novos dados sobre o funcionamento desse tipo de serviço.
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Os números impressionam: há dezenas de sites ativos, com lucros significativos, utilizando infraestrutura tecnológica fornecida por grandes companhias como Amazon, Google e Cloudflare — que, em tese, não apoiariam esse tipo de prática.
O mercado de imagens falsas geradas por IA
- A pesquisa analisou 85 sites que oferecem o serviço de retirada de roupas digitalmente em fotos, explorando a estrutura técnica e os modelos comerciais utilizados;
- Desses, 62 usam serviços de hospedagem ou distribuição de conteúdo de empresas como Amazon Web Services (AWS) e Cloudflare;
- Um total de 53 sites conta com integração ao sistema de login rápido do Google, utilizando links intermediários para burlar as regras e obter aprovação da ferramenta;
- Os sistemas de pagamento variam entre plataformas terceirizadas como Coinbase, PayPal e até o Telegram, permitindo transações por cartão de crédito e carteiras digitais;
- O estudo estimou uma receita combinada entre US$ 2,6 milhões (aproximadamente R$ 14 milhões) e US$ 18 milhões (cerca de R$ 100 milhões) apenas nos últimos seis meses;
- Os dez sites mais acessados dessa categoria recebem majoritariamente visitantes dos Estados Unidos. Também há grande volume de acessos de países como Índia, Brasil, México e Alemanha.
Em resposta à revista Wired, a Amazon Web Services afirmou que investiga denúncias sobre violações de suas políticas.
Já o Google declarou que suas equipes estão tomando medidas para apurar os casos e implementar soluções permanentes. A Cloudflare não respondeu aos questionamentos da reportagem.
Atividades ilegais e punições previstas
Sites e aplicativos que geram imagens falsas de nudez com uso de IA violam a lei e são classificados como ferramentas criminosas. Essas práticas podem ser utilizadas para fins como extorsão, humilhação das vítimas ou mesmo a criação de conteúdo envolvendo abuso sexual infantil.
Empresas como a Meta vêm tentando restringir a veiculação de anúncios desses serviços em plataformas como o Facebook. No entanto, alguns anúncios ainda conseguem ser aprovados e circulam nas redes sociais.
Embora ferramentas semelhantes existam desde 2019, a popularização dos modelos de IA recentes ampliou significativamente sua eficácia — o que levou empresas como OpenAI, Google e Microsoft a incluir bloqueios preventivos para impedir esse tipo de uso.
No Brasil, a legislação foi recentemente atualizada por meio de decreto do presidente Lula, elevando as penas para crimes de violência contra mulheres que envolvam uso de IA.
A divulgação de imagens do tipo “deepnude” também foi criminalizada pela Câmara dos Deputados, com previsão de pena de até seis anos de prisão e multa para quem produzir ou compartilhar esse tipo de conteúdo.
Campanha Salarial começa no segundo semestre
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Vale lembrar que é na campanha salarial que são definidas as reivindicações da categoria a serem levadas para a mesa de negociação com os patrões, para a celebração da próxima Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
Os dois eixos centrais da pauta deste ano já estão definidos: o fim da escala 6×1 no setor de TI paulista e a conquista de aumento real nos salários, demandas que refletem a busca do Sindpd por melhores condições de trabalho e pela valorização dos profissionais de TI.
(Com informações de TecMundo)
(Foto: Reprodução/Freepilk)