Um relatório das Nações Unidas divulgado nesta terça-feira (2) advertiu que a inteligência artificial pode intensificar as diferenças entre países desenvolvidos e em desenvolvimento, demandando intervenções governamentais para conter esse efeito.
O documento, elaborado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), salienta o perigo de surgirem “grandes divergências” no desempenho econômico, na qualificação da população e na eficácia das estruturas de governança.
Leia: Foi demitido em novembro? Você pode ter uma indenização para receber!
De acordo com o economista-chefe do escritório do PNUD para a região Ásia-Pacífico, Philip Schellekens, a inteligência artificial está prestes a inaugurar um período de crescente desigualdade entre as nações, após meio século de tendência de aproximação entre os indicadores dos países.
O estudo sustenta que os progressos alcançados nas esferas de renda, saúde e educação nas últimas décadas – impulsionados por avanços em comércio e tecnologia – correm o risco de ser prejudicados.
Schellekens ressaltou que, em última instância, mesmo as nações mais ricas serão impactadas se os países mais pobres ficarem à margem da revolução impulsionada pela IA.
“Se a desigualdade continuar a aumentar, os efeitos colaterais disso em termos de agenda de segurança, em termos de formas de migração sem documentos, também se tornarão mais assustadores”, acrescentou o economista.
(Com informações de Reuters)
(Foto: Reprodução/Freepik)
