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14 de Outubro de 2016
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"Regulamentar vai melhorar a qualidade de profissionais e produtos de TI", diz professor Sidnei Feliciano
Analista defendeu a importância de definir responsabilidades para a carreira



"Nossa atividade não é trivial, ela exige responsabilidade e estamos dispostos a assumir essa responsabilidade". Com essa afirmação, o professor Sidnei Feliciano, mestre em ciências da computação (UFSC) e doutor em administração (UFRGS), abriu o segundo dia de debates do Seminário de Regulamentação da Profissão de TI, promovido pelo Sindpd.

Feliciano, que também atua como analista do Tribunal de Justiça de Rondônia, defendeu a importância da regulamentação como forma de valorizar o profissional de TI, mas também destacou que o regramento traria uma proteção maior à própria sociedade.

"As pessoas acham que desenvolver sistemas - não apenas softwares, mas hardware, telemática, robótica - é algo muito trivial. Não é uma atividade trivial, é um trabalho que diz respeito a questões relacionadas à vida", salientou o palestrante.

Para exemplificar as atividades de risco em que os profissionais de TI estão envolvidos, ele citou uma série de exemplos, incluindo o desenvolvimento de carros autônomos (sem motoristas), a produção de smartphones com falhas que explodiram recentemente e até mesmo de sistemas informatizados utilizados por empreiteiras para a gestão do pagamento de propinas, como foi o caso da Odebrecht, de acordo com denúncias da Operação Lava-Jato.

"Trabalhamos com uma atividade que exige responsabilidade e precisamos afirmar que estamos dispostos a assumir essa responsabilidade", salientou o professor. Para ele, a regulamentação da profissão ajudaria a estabelecer critérios para essa responsabilidade, incluindo preceitos éticos definidos em um conselho específico para a categoria.

Argumento desmontado

Durante a palestra, Feliciano apresentou também uma série de argumentos colhidos por ele em debates sobre a regulamentação de TI em fóruns da internet. Um deles, citado com freqüência pelos que são contra a regulamentação, é o de que isso tolheria o surgimento de "mentes brilhantes", como é o caso do fundador da Microsoft, Bill Gates. 

O professor chamou esse argumento de "simplista". "O próprio Bill Gates, quando fundou a Microsoft, não desenvolveu o software. A história nos mostra que ele comprou o programa por 50 dólares e o vendeu. É uma posição muito simplista utilizar esse argumento no debate", destacou. 

No primeiro dia do Seminário, na quinta-feira (13), esse mesmo argumento de que a regulamentação impediria o surgimento de "mentes brilhantes" no setor já havia sido desmontado por outros debatedores. 

Na ocasião, o presidente do Sindpd, Antonio Neto, havia ressaltado que o surgimento desses profissionais, que são "exceções" no mercado, continuará ocorrendo. Para ele, a regulamentação tem o objetivo de proteger os profissionais em geral, aqueles que atuam no dia a dia dentro das empresas, e não essas exceções.

Melhoria de qualidade

Outro argumento muito utilizado pelos contrários à regulamentação envolve o aumento de custos que isso poderia trazer para o setor. Para alguns, a regulamentação poderia elevar as despesas das companhias, o que ocasionaria uma fuga de empresas até para mercados de países vizinhos, como a Argentina.

Para o especialista, no entanto, a regulamentação elevaria o nível dos profissionais da área, o que, por consequência, ampliaria a qualidade dos produtos comercializados pelas empresas de TI. Essa melhora generalizada do setor seria suficiente para proteger o mercado nacional de TI da concorrência externa.

"A regulamentação vai exigir uma qualificação melhor do trabalhador e, com isso, uma capacidade de oferecer ao mercado produtos com maior qualidade", salientou Feliciano. 

Números da regulamentação 

Reconhecendo a falta de estudos aprofundados sobre o tema, o professor também apresentou os resultados de uma enquete realizada por ele com profissionais de TI. De 80 trabalhadores que foram ouvidos, quase 70% declararam ser favoráveis à regulamentação. 

Apesar do número elevado de apoiadores, a enquete também mostrou que mais da metade dos consultados demonstraram desconhecer detalhes do debate sobre a regulamentação. "Isso mostra que precisamos ampliar essa discussão, por isso também é muito importante esse espaço aberto pelo Sindicato para discutir o tema", completou Sidnei Feliciano.

Repercussão nacional

Durante cerca de uma hora, o palestrante falou de forma didática sobre os benefícios que a regulamentação poderá trazer para a categoria e respondeu a uma série de perguntas feitas pelos trabalhadores de TI por meio da transmissão ao vivo do evento pelo site do Sindpd e pelo portal Convergência Digital. 

O primeiro dia do Seminário de Regulamentação da Profissão de TI, na quinta-feira (13), obteve quase 32 mil visualizações de internautas por meio da transmissão em tempo real, que continua durante toda esta sexta-feira (14). 

O evento faz parte do Seminário de Pauta do Sindpd, que abre os debates sobre a Campanha Salarial de 2017. Neste ano, as principais bandeiras do Sindicato em defesa do trabalhador são a redução da jornada de trabalho para 30 horas, o pagamento integral de planos médicos e odontológico, além da garantia do vale-alimentação em conjunto com o vale-refeição.



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