Leia a íntegra da nota pública das Centrais Sindicais:
“Não ao aumento dos juros! Não ao boicote do PAC!”
O governo do presidente Lula tem representado um grande avanço para o país. Saímos de um cenário nebuloso com privatizações, desemprego, fome e falta de esperança para uma política de recuperação e fortalecimento do Estado, de crescimento acelerado, para a recuperação do salário mínimo, para o direito do brasileiro fazer três refeições por dia e à melhoria das condições de vida do povo.
Tudo isso foi conquistado com a união dos setores progressistas do país, que apoiaram o presidente Lula a implementar as mudanças necessárias. O crescimento econômico, particularmente mais acentuado no ano passado, foi baseado em dois pilares: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a redução dos juros.
Retirar um destes pilares significa demolir a obra toda. Portanto, aumentar os juros é um claro boicote aos esforços do governo e da sociedade de promover o desenvolvimento do país, a geração de empregos e a distribuição de renda. Não existe outra explicação plausível para o aumento dos juros senão a ação de oposicionistas infiltrados na administração para sabotar o governo e, inclusive, tirar proveito disso nas próximas eleições.
A alegação do aumento da inflação já caiu por terra. A pressão inflacionária gerada sobre os alimentos não foi causada pelo crescimento ou aumento da demanda interna, mas sim pela especulação mundial com o commodities.
A própria divulgação pelo IBGE do IPCA-15, que mede a inflação entre os dias 15 do mês anterior e 15 do mês corrente, mostra que esta questão está controlada, pois a inflação medida por este índice ficou abaixo daquela registrada pelo mesmo índice no mês anterior – 0,56% em maio contra 0,59% em abril. O mal fadado “mercado” estava prevendo uma alta de até 0,67%.
Por isso, a CGTB, NCST, Força Sindical, UGT e CTB refutam qualquer medida no sentido de aumentar a taxa de juros na próxima reunião do Copom.
A cada dia que passa está mais claro que a política do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, visa combater o crescimento do país, o sucesso do governo e não a inflação.
Antonio Neto, presidente da CGTB
Ricardo Patah, presidente da UGT
José Calixto, presidente da NCST
Wagner Gomes, presidente da CTB
Dieese, também, se manifestou:
Segundo o Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, a elevação da taxa básica de juros (Selic) será paga pelos trabalhadores.
Para o diretor técnico do Dieese, Clemente Ganz Lúcio, “Essa medida visa a restringir a atividade econômica das empresas, restringindo o consumo interno. O rebatimento é por um lado na geração de empregos, redução dos postos de trabalho, e, simultaneamente, contenção em alguma medida do consumo através do crédito.”
E segue: “Não existe outra explicação plausível para o aumento dos juros senão a ação de oposicionistas infiltrados na administração para sabotar o governo e, inclusive, tirar proveito disso nas próximas eleições”.
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