A expectativa de vida do brasileiro ao nascer cresceu mais de três anos na última década e passou de 69,3 anos, em 1997, para 72,7 anos, em 2007. As mulheres ainda vivem mais tempo: em média 76,5 anos, contra os 69 anos vividos pelos homens. Os dados foram divulgados em setembro pelo IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e constam na Síntese de Indicadores Sociais 2008.
Veja na tabela:
A maior taxa de mortalidade masculina é responsável, em parte, pela chamada “razão de sexo” brasileira. Existem 95,3 homens para cada 100 mulheres, sendo que em Recife (87,8/100), Rio de Janeiro (88,5/100) e Belém (89,1/100) a diferença é ainda maior.
Segundo Fernando Albuquerque, gerente do projeto Componentes da Dinâmica Demográfica do IBGE, a maior mortalidade dos homens é percebida desde o momento do nascimento, quando são registrados mais óbitos de bebês do sexo masculino. “Existe uma predisposição genética, mas a taxas aumentam com os números de óbitos relacionados a causas violentas, como acidentes de trânsito e homicídios”, explica.
Entre as grandes regiões do Brasil, o melhor índice de esperança de vida está no Sul (74,7 anos) e o pior, no Nordeste (69,7 anos). Santa Catarina (75,3 anos) e Distrito Federal (75,3 anos) se destacam por serem os lugares onde há maior longevidade. Já Alagoas (66,8 anos) e Maranhão (67,6 anos), pelas piores médias.
% da população total
* Taxa bruta de natalidade……………….16,70
* Taxa bruta de mortalidade……………….6,23
* Taxa de mortalidade infantil……………24,32
É visível a mudança no perfil da população brasileira. A participação da terceira idade na sociedade é cada vez maior, o número de nascimentos é cada vez menor e mesmo que a mortalidade infantil ainda seja alta se comparada a outros países emergentes, como a Rússia (onde o índice está entre 14% e 19%), a taxa caiu de 35,2% para 24,3% da população em dez anos.
A população brasileira está envelhecendo. “A base da pirâmide demográfica (formada pelas crianças) está diminuindo e os mais velhos representam uma maior proporção do todo. Isso significa que o Brasil ainda possui uma pirâmide triangular, mas se já aproxima dos países desenvolvidos, que possuem uma pirâmide cilíndrica”, explica o especialista.
Ele atribui o avanço aos tratamentos para doenças como o câncer e as cardíacas, que contribuem para a queda da mortalidade bruta da população, assim como aos programas de saúde pública e à melhora nas condições de habitação e saneamento, que resultam em índices positivos de mortalidade infantil e materna. “O aumento do acompanhamento pré-natal, a urbanização, o cuidado com a criança e o idoso, a vacinação eficaz, tudo isso faz com que a população ganhe mais tempo de vida”, ressalta.
Fonte: UOL Notícias
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