BRASÍLIA – Maior entusiasta dentro do governo pela baixa na taxa de juros do Banco Central, o presidente da República em exercício, José Alencar, aproveitou nesta terça a ausência de Lula e cobrou, mais uma vez, um compromisso do Comitê de Política Monetária (Copom) para reduzir a Selic e ajudar o setor produtivo a retomar o crescimento. Para o vice-presidente, “a questão é política e não técnica”.
– Olha, eu não tenho nada contra o Comitê de Política Monetária. Nós trabalhamos com o regime de metas de inflação. Mas, eu não quero discutir com o Copom porque essa não é uma questão técnica, é política – ponderou Alencar, durante uma rápida entrevista coletiva, concedida no fim da tarde, no Palácio do Planalto, para em seguida atacar. – E o que temos que fazer é dar uma ordem ao Banco Central para que pratique uma taxa de juros de mercado. Nem mais, nem menos.
Alencar disse que não tem nada pessoal contra o presidente do BC, Henrique Meirelles, e que gosta do estilo de trabalho dele. Mas alfinetou: – Dizem que ele tem os méritos de conter a inflação. O Brasil vai bem apesar da política monetária, não graças à política monetária. Eu sempre disse isso, mas nunca escreveram dessa forma. Em oito anos, ela vai consumir mais de R$ 1,3 trilhão dos cofres públicos – criticou Alencar.
O vice anunciou que vai parar de falar dos juros a partir de agora, porque “todo mundo já está reclamando” do seu discurso.
Fonte: JB Online
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