O chanceler brasileiro, Celso Amorim, pediu neste domingo à ministra israelense das Relações Exteriores, Tzipi Livni, uma saída pacífica para a crise na Faixa de Gaza, durante uma reunião em Jerusalém na qual destacou o “valor do Brasil como interlocutor internacional”.
Amorim, cujo governo condena a ação “desproporcional” de Israel em sua guerra contra o movimento radical palestino Hamas e insiste em um cessar-fogo, transmitiu a posição brasileira sobre o conflito, em um encontro que qualificou de “positivo”, apesar das “diferenças” entre os dois países.
Enquanto não acontece o acordo de paz entre os dois países, decolou da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, na sexta-feira (9), o avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com doações do governo brasileiro à Faixa de Gaza, no Oriente Médio. A região sofre intensos bombardeios de Israel.
De acordo com o Itamaraty, o governo brasileiro irá doar 14 toneladas de produtos – seis de medicamentos e oito de alimentos.
A previsão é que o avião pouse em Amã, na Jordânia, apenas no domingo (11). Segundo o Itamaraty, os donativos serão entregues em cerimônia que contará com a presença do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. De Amã, os produtos serão imediatamente transportados para a Faixa de Gaza.
Militares embarcaram os medicamentos e alimentos no avião da FAB, modelo Hércules C-130. O Itamaraty informou que todos os donativos enviados a Gaza foram comprados pelo governo federal.
“É um gesto de solidariedade do Brasil para com o povo palestino, que está enfrentando uma crise humanitária grave e de grandes proporções, por motivo da ação militar israelense”, disse Eduardo Botelho Barbosa, chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do Ministério da Saúde, pasta responsável pela aquisição dos medicamentos.
Também nesta sexta, o Itamaraty confirmou a viagem de Celso Amorim ao Oriente Médio, onde ele terá reuniões na Palestina, na Síria e na Jordânia, para tentar ajudar nos esforços de cessar fogo.
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