O Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, reuniu a imprensa e anunciou um balanço que mostra a solidez da economia brasileira: o número de admissões superou o de demissões no mês de fevereiro. Os dados divulgados pelo Caged são muito importantes para mostrar como a economia brasileira tem resistido a uma crise mais profunda. Enquanto isso, os Estados Unidos anunciaram uma diminuição de 186 mil postos de trabalho no mesmo periodo.
De acordo com dados divulgados no dia 18 pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho, em fevereiro deste ano, foram criados 9.179 postos de trabalho com carteira assinada. No mês, foram contratadas 1,23 milhão de pessoas e demitidas 1,22 milhão. O setor de serviços (escolas, hotéis e restaurantes) gerou 57.518 empregos formais. A indústria cortou 56.546 postos e o comércio 10.275.
Segundo o economista Fábio Pina, neste momento o mais importante não é a quantidade de empregos criados, mas a posição de crescimento do mercado de trabalho mesmo com a crise internacional. “Mais importante do que criar 100 mil ou 50 mil [empregos] é que em março continuemos com geração positiva. Evidentemente, é melhor 100 mil do que 50 mil e do que 10 mil. Contudo, se criarmos 10 mil ou 20 mil empregos em março, vai começar a se consolidar um momento de virada, e isso é o mais importante”, explica o economista.
Em cima do saldo positivo do mês de fevereiro, o ministro Lupi projeta um crescimento de 100 mil postos de trabalho em março. De acordo com o ministro, os fatores que sustentam essa previsão estão ligados ao aquecimento do mercado interno, que continua muito forte. Com o aumento do salário mínimo, os assalariados, os aposentados e pensionistas, que são vinculados a ele, colocam alguns bilhões no mercado e começam a comprar, explicou Lupi. “Os estoques começam, então, a baixar e a gente começa a ver uma recuperação concreta.”.
NULL