Entre os meses de abril e dezembro de 2008 cresceu, em 13%, o número de trabalhadores filiados a sindicatos. No início do ano passado havia cerca 4,285 milhões de trabalhadores sindicalizados; já no final do mesmo ano, esse número pulou para quase 5 milhões de associados em todo o Brasil.
Esse ganho, da classe trabalhadora brasileira, se dá por vários motivos, mas o principal deles tem sido o aumento da consciência dos trabalhadores que buscam se juntarem na luta pela ampliação de direitos trabalhistas que os sindicatos, junto com as centrais, tem batalhado com governo. Fruto desse fortalecimento, no ano passado 92% das categorias tiveram um acordo acima da média da inflação.
Nos últimos anos as centrais sindicais tem intensificado o diálogo com o presidente Lula e os ministros, propondo alternativas e medidas para alavancar os setores produtivos e a economia do país. Segundo o pesquisador e professor da Unicamp, Dari Krein, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, as Centrais Sindicais tem tido uma enorme importância para assegurar garantias trabalhistas neste período de tensão econômica. “São as centrais que apresentam mais condições de colocar em debate na sociedade as questões de interesse dos trabalhadores e de pressionar os governos para adotar medidas de enfrentamento da crise com garantia do crescimento econômico e de implementação de um conjunto de iniciativas que possam solucionar os problemas sociais”, comentou Krein.
Entre as centrais reconhecidas pelo governo, a CGTB tem tido uma importante atuação na representação dos sindicatos, e, principalmente, de seus setores. Apenas nos últimos 8 meses de 2008 a Central Geral de Trabalhadores do Brasil (CGTB) teve um aumento importante na filiação de sindicatos à central sindical. Um aumento, que, acima de tudo, mostra como a central tem trabalhado firme na defesa das questões econômicas do país. O presidente da CGTB e do Sindpd, Antonio Neto, esteve, no último dia 12, numa reunião com a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para levar a questão dos sindicatos dos caminhoneiros para ser discutido com o governo. Essa reunião faz parte de um conjunto de ações desenvolvidas pela CGTB para sensibilizar o governo e ajudar alguns setores que mais sofrem com a crise internacional.
Segundo o secretário de Relações do Trabalho, Luiz Antonio Medeiros, essa tem que ser a função das Centrais Sindicais: trabalhar as questões dos sindicatos junto ao governo. “Como as centrais foram reconhecidas e são ouvidas nas decisões do Ministério do Trabalho, os sindicatos buscam se abrigar nas centrais para ter mais voz”, explicou o secretário.
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